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domingo, 28 abril, 2024

Sem cateter, médicos do HMIB alertam para o risco de mortes de bebês

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

“É um item fundamental para a assistência dos pacientes criticamente enfermos, sem o qual não existe possibilidade de atendimento adequado, inclusive com risco de morte.” Essa é uma das frases no pedido de socorro dos servidores enviado à Direção do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). A unidade é mais uma que está sem cateter para tratamento dos bebês.

A Gerência de Assistência Clínica enviou memorando com o pedido de URGÊNCIA para compra dos cateteres para acesso venoso central. 

Clique aqui e acesse o memorando da Pediatria

Em resposta ao memorando, a Diretoria do HMIB encaminhou despacho ao SAG (Sistema de Acompanhamento Governamental) solicitando a regularização da situação de desabastecimento “que vem comprometendo a segurança e a qualidade do atendimento aos usuários”.

Acesse o despacho com o relatório do desabastecimento

A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, questiona a situação: “Qual o real interesse da SES-DF em dificultar o acesso dessas crianças ao cateter? O governador do DF, que abraça tão forte a iniciativa privada no cuidado com as crianças, que anuncia aos 4 ventos a construção de novos hospitais, vai manter a situação da rede pública nesse caos? Será que ele não imagina que enquanto constrói um novo hospital para aprimorar o atendimento, quem está vivo está precisando de ajuda e tem ajuda negada na rede? Muito estranho esse interesse da SES . Não parece ser uma coisa bem orquestrada?”, questiona.

No dia 4 de julho, a presidente Marli foi até o Ministério Público do Distrito Federal para denunciar a Secretaria de Saúde por conta da falta de cateter central de inserção periférica.

Clique aqui e acesse o documento entregue ao MPDF

“A incompetência desse governo, nós podemos ver em todas as ações. A covardia, a gente enxerga em situações como essas. Bebês, recém-nascidos sem o atendimento adequado. O HMIB já foi nosso hospital de referência para atendimento pediátrico. Hoje, está nesta lamentável situação. Quanto custa para o Governo do DF comprar os cateteres? Onde está o planejamento para essas aquisições? Eles não se importam com nada. Estão assinando atestado onde comprovam que não se importam com a vida dos moradores do DF. A palavra correta é COVARDIA. Deixar crianças morrerem à espera de atendimento é COVARDIA”, critica.

Em 21 de junho, duas denúncias sobre o mesmo tema foram feitas pelo SindSaúde. Nesta data, o chefe do Núcleo de Farmácia Hospitalar do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) relatou a situação em memorando. Clique aqui e acesse matéria completa. Em dezembro de 2016, matéria publicada no Portal Metrópoles já alertava para o problema, naquela data, em Sobradinho. Clique aqui para acessar a matéria completa.

Ouvida pelo SindSaúde, uma neonatologista da rede pública do DF se mostrou indignada com a situação: “Em todo esse tempo que trabalho na Secretaria de Saúde nunca vi tamanho abandono como agora. Falta tudo! Menos a nossa vontade de fazer o melhor e salvar vidas. A equipe esbarra na burocracia e fica impotente. É como se aquelas pequenas vidas não tivessem valor. Todos sabem a importância dos cateteres na terapêutica. Já falamos em todas as instâncias. As chefias levam o caso à coordenação, CRM, COREME e nada muda… Já pensei em desistir, mas se todos jogarem a toalha, o que será desses bebês? É desesperador!”, finaliza a servidora.

A Secretaria de Saúde foi acionada pela reportagem, mas não comentou a situação. Não informou como está o processo de compra dos cateteres.

O SindSaúde continua sua cobrança para que a situação seja regularizada e os gestores punidos por tamanha OMISSÃO com a vida.

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