Cada caixa do material custa cerca de R$ 110 nas farmácias particulares
Desesperado, o pai de uma menina de 11 anos pede ajuda nas redes sociais para denunciar mais um descaso do Governo de Rodrigo Rollemberg. A filha dele tem diabetes tipo 1 e sempre recebeu do governo as fitas que são usadas para medir a glicose. O procedimento é feito pelo menos cinco vezes ao dia e monitora a doença da criança.
No entanto, toda a rede está sem as fitas há mais de um mês. Consequentemente, todos os pacientes que precisam, estão a ver navios. No caso do aposentado que denuncia a situação, a filha desenvolveu a plaquetomia e para um monitoramento ainda mais cuidadoso, ele precisa agora pegar 4 caixas da fita, com 50 unidades cada, sempre no início de cada mês. Se tivesse condições de comprar, o pai pagaria cerca de R$ 110 nas farmácias da rede particular.
O homem já foi três vezes ao Centro de Saúde Número 2, em Sobradinho 1, e a resposta é a mesma: não há previsão.
“Não sei mais o que fazer. Não tenho dinheiro para comprar. Sempre pegamos lá. Pedi ajuda de amigos e soube que em nenhuma unidade do DF tem as caixas com as fitas. Minha filha não pode ficar sem o monitoramento porque as taxas dela estão todas desreguladas”, afirma.
Em nota, a Secretaria de Saúde disse que está em andamento o processo de compra para as fitas de glicemia, tanto o processo regular, quanto o emergencial. Mas não deu qualquer previsão de data. Disse ainda que “espera-se que em breve” que o estoque seja regularizado. Enquanto isso, os pacientes que precisam do monitoramento diário ficam sem o material.
“Quanto custa uma caixa dessa fita para o GDF? Certamente bem menos que os R$ 100. Certamente muito menos do que Rollemberg e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, gastam em um lanchinho em uma tarde qualquer no Palácio do Buriti. Esse governo é mais vergonhoso do que se imagina. Há mais problemas do que vem a público. Enquanto isso, pacientes morrem à espera de remédios e atendimento”, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.