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sábado, 4 maio, 2024

Nomeações na saúde são insuficientes

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Mesmo com as novas contratações, saúde do DF ainda fica déficit de mão de obra

Apesar do anúncio feito hoje (02/05), pelo governador Rodrigo Rollemberg, sobre a nomeação de 723 novos servidores aprovados em concurso público para a Secretaria de Saúde, o número ainda está muito aquém do necessário na rede pública de saúde do Distrito Federal.

Segundo o GDF, as nomeações reforçarão a Estratégia Saúde da Família, com a nomeação de 53 médicos da família. Entretanto, hoje, há menos de 50 especialistas na área, segundo o Conselho de Saúde do DF, para compor 571 equipes.

Para Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde, as nomeações não suprem nada do déficit atual de servidores.

“As contratações que estão sendo feitas são apenas para cobrir as aposentadorias e as demissões. Tivemos uma lacuna muito grande. Foram quase dez anos sem concurso. A ideia de que a mão de obra é suficiente para suprir os serviços não é verdade. Além disso, esses novos servidores são para compor as equipes da Atenção Primária. Daí, já entendemos que o déficit aumenta, e não ameniza o caos como estão anunciando, afirma.

Além disso, essas nomeações precisam repor o básico, que é a reabertura de 65 leitos de UTI que estavam bloqueados por falta de recursos humanos. As contratações permitirão a reabertura de 18 leitos de UTI de adultos, seis leitos de UTI pediátrica e 41 Unidades de Terapia Intensiva (UTIN) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCIN).

Serão nomeados também 468 técnicos (148 técnicos em Higiene Dental, 220 técnicos de Enfermagem, 85 técnicos administrativos, 8 técnicos em Radiologia, 7 técnicos de Laboratório); 30 auxiliares de operações de serviços diversos em Farmácia e Anatomia Patológica; 20 cirurgiões dentistas; 36 enfermeiros; 103 médicos em várias especialidades e 66 outros profissionais entre biomédicos, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos-bioquímicos, assistentes sociais e fisioterapeutas.

No entanto, seria necessário admitir cerca de 15 mil profissionais até 2018. Faltam de 3,5 mil a 5 mil médicos e o decréscimo é de 3 mil na área de enfermagem. “A defasagem de servidores é uma incógnita. Nem mesmo o governo sabe dimensionar quantos cargos estão vagos”. Não existe gestão nesse governo, destaca Marli Rodrigues.

O Hospital Regional do Gama (HRG) tem escassez de servidores. A enfermagem é a área mais crítica. O centro cirúrgico teve de ficar fechado pela falta desse profissional. No Hospital Regional de Sobradinho (HRS), 13 leitos ficaram bloqueados no pronto-socorro por não ter gente para trabalhar desde 2016.

A ausência de médicos clínicos no pronto-socorro, nas enfermarias e na emergência é o maior desafio do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “A qualquer momento podemos ver mais unidades, UTIs e pronto-socorro sendo fechados”, alerta a dirigente sindical.

A situação se agrava quando falamos do cargo de técnicos ou auxiliares de enfermagem, com jornada de 20 horas semanais. Faltam pelo menos 152 enfermeiros. No total, são 13 mil técnicos profissionais dessa categoria na rede pública. Ou seja, um técnico de enfermagem deve ser responsável por seis pacientes. Atualmente, cada profissional atende 20.

Outro problema é a desistência da carreira na Secretaria de Saúde por causa das más condições de trabalho, falta de material e insumos. Nas últimas convocações, foram 137 pediatras, mas somente 24 apareceram. E cerca de 106 vagas foram abertas para médicos intensivistas, mas somente 13 assumiram o cargo.

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