A Fundação Getúlio Vargas, por meio do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), divulgou nesta terça-feira (13), a 4ª fase da pesquisa “A pandemia de COVID-19 e os(as) profissionais de saúde pública no Brasil”. O intuito é revelar os impactos na crise sanitária da Covid-19 no cotidiano, pela percepção dos profissionais de saúde. O SindSaúde, Fiocruz e Rede Covid-19 Humanidades são parceiros da iniciativa.
A investigação buscou mapear as condições de trabalho desses profissionais, seu bem-estar e os modos como agem conforme o decorrer da pandemia. Os dados coletados foram extraídos de um questionário online, com a participação de 1.829 profissionais da saúde pública no Brasil.
Nesta 4ª rodada a pesquisa foi adaptada para acrescentar novos gêneros, afim de compreender melhor os impactos da Covid-19, entre eles mulheres, população LGBT e identidades não-binárias.
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Resultados da pesquisa
A pesquisa evidencia um alto risco de contaminação e agravamento na rotina dos trabalhadores do SUS, 87,6% do total de participantes disseram ter medo da doença. Eles relatam que a imprevisibilidade da doença e o iminente colapso da saúde são as principais causas de insegurança e medo da contaminação.
“Medo do excesso de pessoas, e com gravidade que demanda excesso de cuidados, serem bem maior do que os recursos disponíveis. Profissionais que estão na Atenção Básica sendo recrutados para cuidados intensivos, não habitual à nossa rotina”, declaram.

De acordo com os resultados, 96,6% afirmaram conhecer algum colega de trabalho com suspeita ou diagnosticado com COVID-19 e 31,2% informaram que já foram contaminados com a doença.
Os profissionais afirmam ainda, que a atual situação politica do país tem gerado uma má condução da pandemia. A população tem contribuído com o negacionismo e o Governo Federal com a falta de apoio a gestão municipal, não oferecendo treinamentos e orientações adequadas.