MP apontou indícios de seleção com apadrinhamento, nepotismo ou como atitudes discriminatórias
A Justiça do Trabalho determinou que o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF) não contrate mais profissionais. A decisão também prevê a suspensão das convocações realizadas pela unidade, além de novas admissões até o julgamento final da ação.
As informações, publicadas pelo Correio Braziliense, indicam que as seleções eram feitas de forma “discriminatória, com critérios subjetivos, imprecisos e obscuros”, de acordo com a acusação do Ministério Público do Trabalho do DF/Tocantins.
Representado pela procuradora Marici Coelho de Barros Pereira, o documento do MPT informa que há irregularidades na seleção promovida. Ela ressalta que há “sérios riscos de seleção com apadrinhamento, nepotismo ou como atitudes discriminatórias”. Além disso, a decisão destaca que não há previsão de vagas para pessoas com deficiência (PcD).
Escolha
O texto ressalta que o candidato que desejasse concorrer a uma das vagas ofertadas pelo instituto deveria passar pelas seguintes fases: análise curricular; comprovação de experiência; prova simplificada; perfil comportamental; testagem psicológica e avaliação técnica.
Segundo os autores da ação, esses critérios para contratação demonstram subjetividade, já que o gestor responsável daria o parecer favorável ou não à convocação.
O juiz à frente do caso, Renato Vieira, destacou que o modelo de contratação deixa evidente “as ofensas aos princípios da impessoalidade e da moralidade quando verificada a possibilidade de realização das etapas de conhecimento em língua portuguesa, conhecimentos gerais e lógica pela internet, o que, obviamente, destituiu a segurança de que o próprio candidato respondeu as questões”.