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sexta-feira, 3 maio, 2024

Servidores do HRG são atacados por piolhos de pombo

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Cinco servidores da Ortopedia do Hospital Regional do Gama (HRG) e dois trabalhadores da limpeza denunciam que estão com sintomas na pele após infestação de piolhos de pombos dentro das dependências da unidade. Os servidores precisaram ser medicados e um deles apresentou atestado de dois dias. Os registros tiveram início na última segunda-feira (18).

“Começou com uma coceira e achei que fosse sarna. Só depois percebi que os piolhos estavam caminhando na minha mão e nas paredes do hospital”, afirma um servidor. 

De acordo com ele, várias denúncias já foram feitas à Ouvidoria da unidade, mas a situação não foi resolvida. Os servidores alegam que a limpeza era feita com frequência, mas que, supostamente por conta do racionamento, a limpeza da fachada do hospital foi suspensa. A direção informou aos servidores que estaria tomando as providências. “Os pombos ficam lá na fachada e os piolhos entram. As aves só não entram porque a gente espanta”, finaliza o denunciante.

Os sintomas relatados pelos trabalhadores são: coceiras nas dobras do corpo, inchaços e a formação de bolhas.

Segundo uma servidora, nenhum paciente ainda relatou ser vítima da infestação. Ao lado da Ortopedia estão as unidades da Clínica Cirúrgica, Maternidade, Ginecologia, Clinica Médica e Cardiologia.

Doenças graves

O contato com o piolho pode provocar vermelhidão, coceira e pequenos inchaços. Os pombos também podem transmitir doenças graves como criptococose, doença causada por um fungo (criotococos) e causar até uma meningite. Outra doença é a histoplasmose, causada quando as fezes desses pombos podem se contaminar por fungos e bactérias e isso transmitir essas doenças aos humanos pela aspiração das fezes.

Em nota, a direção do Hospital Regional do Gama informou que não há conhecimento sobre ataque de piolho de pombo bem mesmo de atestados médicos relacionados a tal problema. A direção disse ainda que, periodicamente, faz dedetização da unidade e que teria feito, na manhã desta segunda-feira (25), limpeza na área externa da Ortopedia, juntamente com a dedetização, coincidentemente dias após o ataque e no mesmo lugar, na área ortopédica. 

No entanto, os servidores, que estão na unidade durante todo o dia, negam que algo já tenha sido feito para resolver o problema e afirmam que o pessoal da limpeza não teve autorização para dedetizar.

A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, classifica a situação como lamentável e aponta erros pela SES no trato com o caso: “Impressionante o despreparo ou desprezo dos atuais gestores, no trato com as ações da saúde. A obrigação da SES é acionar a diretoria se vigilância ambiental, que faz esse controle de pragas urbanas para uma ação efetiva e monitorada. Se houvesse um plano de gerenciamento dessas intercorrências, esses incidentes seriam facilmente evitados. As doenças causadas pelos pombos podem ser fatais. E, por se tratar de animais protegidos pela lei ambiental, não dá para apontar qualquer ação paliativa ou irresponsável, como uma mera dedetização”, destaca a Presidente.

“Vão esperar um óbito causado pelos fungos dos pombos, alegando que a notícia não é verdadeira, em vez de fazerem o dever de casa? As fotos falam por si”, alfineta Marli.

Veja imagens que o SindSaúde teve acesso que mostram o problema no HRG.

Piolho II.jpgPiolho.jpgPiolho V.jpgPiolho IV.jpgPiolho III.jpg

 

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