21.5 C
Brasília
quinta-feira, 12 dezembro, 2024

Horário de atendimento ao público
Segunda à Quinta das 08h00 às 17h00

STF abre caminho para precarização e apadrinhamento no serviço público

Saiba Mais

SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

O SindSaúde repudia veementemente a decisão aprovada nesta quarta-feira (6) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece a constitucionalidade da Emenda Constitucional 19/1998. A decisão acende um alerta sobre o enfraquecimento do serviço público e a perda de direitos dos servidores. A emenda, parte da reforma administrativa do governo Fernando Henrique Cardoso, permite a contratação de novos servidores pelo regime da CLT, eliminando a obrigatoriedade do Regime Jurídico Único (RJU) e dos planos de carreira, que sempre garantiram estabilidade e proteção aos trabalhadores do setor público.

O  julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2135, foi aprovada pela maioria dos ministros, que entenderam que o processo legislativo cumpriu as exigências constitucionais. No entanto, esse entendimento não leva em conta as potenciais consequências para o funcionalismo público e a sociedade. Ao abrir caminho para contratações sem estabilidade e com menos garantias, a decisão enfraquece o compromisso de longo prazo com o interesse público, além de facilitar que o serviço público seja tratado como um espaço de nomeações políticas.

Ao permitir que servidores sejam contratados sem estabilidade, a mudança abre as portas para apadrinhamentos, com novas contratações se tornando cada vez mais suscetíveis a influências políticas. Em vez de garantir a imparcialidade e a continuidade nos serviços públicos, a flexibilização permite que cargos sejam preenchidos conforme conveniências políticas, comprometendo a independência dos servidores e enfraquecendo os alicerces de um serviço público técnico e comprometido com o interesse da população.

A decisão vale apenas para novos servidores, que serão contratados pelo regime celetista, enquanto os atuais permanecerão no RJU. No entanto, o precedente é perigoso: ao permitir contratações sem proteção, a decisão da corte abre o caminho para o desmonte do serviço público, o que prejudica não apenas os trabalhadores, mas também a sociedade que depende de serviços consistentes e de qualidade. A projeção é que essa flexibilização não seja só um primeiro passo para a retirada de direitos, mas também uma ameaça ao próprio conceito de serviço público, que passa a ser conduzido sob uma lógica de custo, conveniência política e apadrinhamento, a qualquer preço.

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

Manoel Andrade é o novo presidente do TCDF e assume a liderança da corte para o biênio 2025-2026

Na sessão desta quinta-feira (11) do Tribunal de Contas do Distrito Federal, um novo capítulo começa a ser escrito...

Sistema de “pontos” para aposentadoria será mais rigoroso em 2025

Com as mudanças previstas na Reforma da Previdência de 2019, as regras de transição vão se tornar mais rigorosas...

A Covardia Federal: Quando o ajuste fiscal penaliza as famílias e a dignidade do DF

O recente anúncio de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) expõe uma postura que vai além de...
- Advertisement -spot_img
- Publicidade -spot_img