A Saúde no DF tem se deteriorado por anos. Nesse último mandato, ela foi literalmente abandonada. Esta pasta é, com certeza, um dos maiores desafios do novo governador.
A população vive a angustia da falta de equipamentos, medicamentos e atendimento. Estamos falando da dor das pessoas. Ninguém procura um hospital sem ter motivos. Sofrem o doente, seus familiares e sofre também o profissional da Saúde que se vê sem motivação e recursos para suprir as necessidades da comunidade que o procura.
Nunca foi fácil gerir a Secretaria de Saúde do DF, porém, a gestão do senhor Humberto Fonseca mostrou total incapacidade, inexperiência e ineficiência.
Para o SindSaúde-DF, o nome que vier para encabeçar a Saúde na cidade precisa ser uma indicação responsável, comprometida e capacitada para tal. O novo secretário vai ter a missão de resolver um dos principais problemas do DF e de atender aos anseios de um milhão de eleitores que acreditaram em uma nova proposta de governo.
Os desafios são imensos: hospitais destruídos, falta de equipamentos e profissionais desamparados de seus direitos e por isso sem motivação para servir o povo.
Almejamos que o novo secretário tenha empatia por quem cuida das pessoas, pense na saúde dos servidores, garanta seus direitos e proporcione, pelo menos, o básico para um acolhimento digno aos pacientes.
Menos troca de favores e mais agilidade, responsabilidade e atenção pela dor de quem precisa da rede pública de saúde. Faltam UTIs, faltam serviços básicos, pediatrias estão fechadas e a população morre à espera de atendimento.
O novo nome da SES vai representar uma pasta com 36 mil servidores. Vai gerir um orçamento de pelo menos R$ 3,3 bilhões, já previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O atual governo, sem políticas de atenção, precisou devolver recursos para o governo federal por não atingir metas de investimento.
Um grande exercício que pode ser feito pelo próximo (a) secretário (a) de Saúde é se colocar no lugar dos usuários e dos servidores. É preciso uma pessoa corajosa, com experiência na área, com ousadia para a mudança, destemida para enfrentar as dificuldades e com um espírito de trabalho incansável na construção de uma saúde melhor para a capital do país.
O sindicato seguirá seu caminho institucional de luta pelos trabalhadores e pela melhoria e fortalecimento da saúde pública do DF, desde as unidades de saúde até os seus serviços mais complexos. A Saúde do DF virou hoje um jogo de interesses e o novo gestor da pasta precisa saber driblar isso e fazer com que esse serviço funcione, de fato, pra população.
A Saúde está no escuro e precisa de alguém que gire a chave da esperança, com atitudes concretas e com boa vontade, e traga de volta a claridade de um novo momento para o DF.
Continuemos nossa luta!!!
Marli Rodrigues
Presidente do SINDSAÚDE-DF