Uma mulher de 90 anos tornou-se hoje a primeira pessoa do mundo a receber a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Pfizer e BioNTech como parte da campanha de imunização iniciada no Reino Unido. Margaret Keenan, que fará 91 anos na semana que vem, disse que o imunizante foi o “melhor presente de aniversário antecipado”. Ela recebeu a dose da vacina às 6h31 (3h31 de Brasília), no Hospital Universitário de Coventry, no centro da Inglaterra.
O Reino Unido foi o primeiro Estado ocidental a autorizar o uso de uma vacina contra a covid-19. A China já imuniza sua população há alguns meses, com uso emergencial de imunizantes. Cinquenta hospitais britânicos receberam nos últimos dias as primeiras 800 mil doses da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, a única autorizada até o momento pela agência reguladora do Reino Unido, que chegaram de laboratórios na Bélgica. A campanha britânica acontecerá em um primeiro momento apenas em hospitais devido à necessidade de armazenar a vacina em temperatura muito reduzida, entre -70ºC e -80ºC.
O primeiro-ministro Boris Johnson, no entanto, fez um alerta. “Mas a vacinação em larga escala vai levar tempo”, advertiu ele, pedindo que população continue respeitando as restrições impostas.
Uma brasileira aguarda sua vez de ser vacinada. Beth Kress, de 70 anos é casada com um inglês declarou aos jornais: “É como se tirassem um peso dos meus ombros”.
A notícia sobre a vacina o novo coronavírus é histórica e marca o início do fim da pandemia da Covid-19 no mundo.
No Brasil
A disputa de narrativas relacionadas à vacina continua forte. O Governo Federal diz que ainda não tem plano de contingência para nova crise da Covid-19, enquanto isso, João Dória, governador de São Paulo diz que a vacinação no Estado começa em janeiro.
Se contrapondo às declarações do governador de SP, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nota sobre estudos da fase 3 da CoronaVac e afirmou não ter recebido dado essencial para avaliação da vacina.
“É importante destacar que para a solicitação de Autorização de Uso Emergencial é esperado que sejam apresentados minimamente os dados descritos do Guia sobre os requisitos mínimos para submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas Covid-19.”, disse o órgão.
Em Brasília
Segundo o jornalista Bruno Melo, da CBN, o governador do Distrito Federal descarta negociar diretamente com o governo de São Paulo a compra de vacinas contra a Covid-19. “Alguns governadores estão cometendo um erro ao se antecipar nessa negociação”, declarou Ibaneis Rocha, que aposta todas as fichas no plano do Ministério da Saúde.
Fonte: Uol, Portal G1, CBN.