Na noite de ontem, o Hospital Regional de Santa Maria foi palco de uma operação hostil e sem precedentes que expôs os trabalhadores da UTI Adulto, no 5º andar, a uma situação profundamente vexatória e constrangedora. A ação, conduzida por Gustavo (gerente geral de logística), Lucas (gerente de logística), Sidney (chefe de manutenção), Vanessa (chefe da hotelaria) e Adilson (superintendente de manutenção), foi realizada sem qualquer aviso prévio ou anuência das chefias locais e violou os espaços de repouso dos profissionais. Armários foram abertos sem a presença dos seus donos, expondo roupas e pertences pessoais, criando um ambiente de intimidação e abuso moral.
Com o uso de alicates e tesouras, os armários individuais foram violados, expondo objetos íntimos dos profissionais e insinuando, sem qualquer evidência, que os trabalhadores estariam envolvidos em roubos de materiais hospitalares. Gustavo chegou a ameaçar os profissionais, afirmando que “quem não deve, não teme”, em um tom que gerou revolta e indignação.
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, criticou veementemente a postura da diretoria do IGES: “A diretoria do IGES quer tratar os trabalhadores da mesma forma que a polícia trata os próprios diretores, mas eles precisam lembrar que, quando a polícia age assim, é com um mandado da justiça. Eles não são policiais. Já estamos tomando as medidas cabíveis, e o Ministério Público do Trabalho será informado sobre essa ação arbitrária que expôs os trabalhadores ao constrangimento e ao desrespeito.”
Esse tipo de abordagem, além de ser desrespeitosa, caracteriza assédio moral e interfere diretamente no ambiente de trabalho da UTI, onde estão internados 40 pacientes graves que dependem do comprometimento e do bem-estar dos profissionais. Diante desse abuso, o SindSaúde reforça que já está tomando as providências para garantir que atitudes como essa sejam coibidas e para assegurar um ambiente de trabalho digno e respeitoso para todos.