O número crescente de trabalhadores da área infectados preocupa categoria e gestores
Diante do crescente número de servidores da Secretaria de Saúde do DF infectados pelo novo coronavírus, foi publicada no Diário Oficial do DF desta sexta-feira (22), a Portaria nº 332, de 20 de maio de 2020, que institui o comitê de monitoramento à saúde dos servidores no enfrentamento ao Covid-19 no âmbito da SES-DF.
Segundo os boletins divulgados pela SES, a quantidade de profissionais de segurança e de saúde infectados pela Covid-19 aumentou 129,45% nas últimas duas semanas. O objetivo do comitê central é acompanhar e implementar estratégias de prevenção, atenção e vigilância à saúde dos servidores, principalmente os que estão no enfrentamento direto ao novo coronavírus.
Segundo a portaria, caberá ao grupo elaborar planos de trabalho com orientações e diretrizes. Assim como monitorar a disponibilidades de equipamentos de proteção individual (EPIs). Capacitar servidores para a contenção da disseminação da Covid-19 entre os profissionais.
Haverá também a criação de comitês locais que executarão, em acordo com o comitê central, as atividades previstas no plano de trabalho elaborado. Também monitorarão o quantitativo de profissionais acometidos pela Covid-19 em cada unidade.
O comitê central será composto por diversos setores da SES como: Subsecretaria de Gestão de Pessoas, Subsecretaria de Atenção Integral a Saúde, Diretoria de Enfermagem, Subsecretaria de Logística, entre outros.
A portaria, assinada pelo secretário de saúde, Francisco Araújo filho, tem vigência indeterminada até durar a pandemia.
Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, é imprescindível que os servidores sejam acompanhados de forma direta e eficaz no combate ao novo coronavírus. “Estamos lidando com algo novo e invisível, o fato é que diversos servidores já foram infectados, botando em risco seus familiares e suas próprias vidas. O máximo de ações práticas que protejam estes trabalhadores devem ser executadas o mais rápido possível. O momento é difícil, mas é preciso cuidar de quem cuida, para que não falte atendimento à população”, destaca Marli.