A história do SindSaúde é marcada pelas constantes vitórias e luta incansável pelos servidores da Saúde
28 de dezembro de 1979. Esse é o mês que marca o início do maior sindicato que representa os trabalhadores da Saúde do Distrito Federal. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), nasceu após a Associação dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde de Brasília decidir se tornar um sindicato. A história do SindSaúde se destaca pelo número de trabalhadores associados e pelas lutas históricas.
Não foram apenas os anos da ditadura militar que marcaram o começo da entidade. A severa crise econômica também coincidiu com a sua criação. Para se ter ideia, entre 1980 e 1989, a inflação média no Brasil chegou a 233,5% ao ano, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Por conta disso, houve inúmeras perdas salariais dos trabalhadores do setor.
Em 1987, o então presidente José Sarney lança o Plano Bresser, que congela os preços e os salários por 90 dias. Em 1989, após deflagrar uma greve, o SindSaúde conseguem zerar as perdas nas folhas de pagamento causadas pela medida.
A entidade também esteve na linha de frente contra os arrochos salariais do governo Fernando Collor. Em 1990 e 1991, o sindicato promoveu duas greves gerais contra esses cortes e em oposição ao descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho prometido pelo ex-governador Joaquim Roriz.
O diretor do SindSaúde Agamenon Torres cita a Lei 3.320/2004, que criou a carreira de assistência pública à Saúde DF, e a Lei 34/1989, que estabeleceu o regime de 30 horas semanais aos servidores públicos, como algumas das mais importantes conquistas do sindicato.
Já na gestão da presidente Marli Rodrigues, a aprovação da lei 5.174, que dispõe sobre a jornada de trabalho foi a principal vitória para a categoria. A lei estabeleceu o regime de 20 horas semanais na carreira Assistência Pública à Saúde. Em todo o Brasil, só os servidores da Saúde do DF fazem as 20 horas semanais. Mesmo em países considerados “de primeiro mundo”, como Inglaterra, a carga horária mínima semanal é de 36 horas.
A entidade possui representantes (delegados ou diretores) nas sete regiões de saúde do DF. Eles são responsáveis por verificar as demandas da categoria e defender os servidores junto à gestão.
Perseguição
Recentemente, o SindSaúde lutou contra os desmandos de Rodrigo Rollemberg à frente da gestão do Governo do Distrito Federal. Foram quatro anos com o governo atuando para desvalorizar o servidor e perseguindo a entidade.
“Foi um período marcado pelo calote ao trabalhador. O último governo simplesmente deu as costas para o servidor e sequer pagou o que nossa categoria tem direito. Uma herança maldita de 4 anos sem qualquer reconhecimento”, afirma a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues.
Ao longo dos 40 anos de existência, o SindSaúde sempre colocou o servidor público e o SUS em primeiro lugar. Marli Rodrigues, que ocupa a presidência do sindicato desde 2013, afirma que “a luta é pelos ideais do sindicato, independente de quem estiver no poder”.
Modernidade e serviços
Ano após ano, o SindSaúde vem se modernizando para melhor atender seus filiados e toda a categoria, além do atendimento dos trabalhadores da saúde do setor privado e a negociação com o empregador.
Com um Departamento Jurídico competente e atento às causas dos servidores, seja nas ações individuais ou coletivas, o sindicato tem conquistado vitórias importantes para os trabalhadores.
A Diretoria também realiza parcerias e eventos para que os servidores possam adquirir benefícios com condições especiais. “Nosso foco é atender as demandas dos servidores com agilidade e da melhor forma possível”, destaca Marli Rodrigues.