Clínica privada precisou pegar emprestado materiais para que o serviço não fosse interrompido
Por conta de um calote do governo do Distrito Federal, pacientes da clínica de hemodiálise Instituto de Doenças Renais (IDR), em Samambaia, viveram momentos de apreensão nesta semana . A situação põe em risco a vida de 210 pacientes, que precisam do tratamento. O caso foi noticiado no Jornal de Brasília nesta terça-feira (20).
Entre ontem e hoje, os pacientes chegaram a fazer uma manifestação na porta da clínica. O tratamento de hemodiálise é feito tem o intuito de filtrar o sangue – para eliminar substâncias tóxicas e o excesso de sais minerais.
Uma funcionária do local, ouvida pelo SindSaúde, disse que, devido à repercussão negativa do caso, o GDF pagou hoje o repasse referente ao mês de agosto. No entanto, a instituição precisou pegar emprestado materiais de clínicas de pessoas próximas para manter o atendimento à população.
Um documento foi distribuído aos pacientes informando sobre o pagamento desta terça-feira. O repasse é feito à SES pelo Ministério da Saúde. Segundo o comunicado, o dinheiro foi depositado na conta da Secretária de Saúde em 25 de setembro deste ano.
No informativo também é dito que o órgão federal entregou ao GDF o montante do mês de setembro em 19 de outubro.
Ao Jornal de Brasília, a Secretaria de Saúde culpou a clínica pelo atraso no pagamento. O órgão alega que a demora no repasse se deu por conta da demora na entrega de documentos por parte da empresa.
O Instituto de Doenças Renais rechaça o que é dito pela SES e afirma que “os sucessivos atrasos nos repasses já foi objeto de auditoria do Tribunal de Contas do DF”.
