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quarta-feira, 24 abril, 2024

Centro cirúrgico do Gama é o retrato do descaso do GDF

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Faltam equipes médicas, insumos e manutenção de equipamentos

Relatório da Supervisão de Enfermagem da Unidade Centro Cirúrgica (UCC) do Hospital Regional do Gama apresenta um balanço de cirurgias de fevereiro a setembro de 2018. O resultado dos oitos meses é mais uma prova do abandono do Governo do Distrito Federal com a Saúde Pública do DF.

O centro cirúrgico é um conjunto de áreas correlacionadas aos procedimentos anestésicos, cirúrgicos, recuperação e pós-operatório. No Hospital do Gama, a área corresponde a um amplo espaço com banheiros, lavabos, salas de procedimentos e 8 salas cirúrgicas, porém apenas 5 estão em funcionamento. Segundo o documento, foram realizados na unidade 2.804 cirurgias, sendo 769 agendadas e 2.036 emergenciais. Entretanto, mesmo com estes números expressivos, existe um número alarmante de cancelamentos de cirurgias por diversos problemas que poderiam ser evitados com uma gestão comprometida.

Só em setembro de 2018, 10 cirurgias foram canceladas. Entre os motivos elencados estão a falta de equipe médica, o que resultou no cancelamento de 32 cirurgias em 8 meses. A falta de material ocasionou 33 cancelamentos nos mesmos meses, só em fevereiro de 2018 foram 10 cancelamentos.

cancelamentos de cirurgias

Sem material

O documento também mostra que entre os principais problemas estão a falta de equipamentos cirúrgicos, falta de manutenção de equipamentos unidade (macas cirúrgicas, equipamentos de Scopias, bomba de infusão, foco central e auxiliares), infiltração no teto dos corredores da unidade, ar condicionado sem manutenção, leito da sala de recuperação bloqueados por situação de precariedade, falta de impressos (adesivos de identificação de soro, placa de identificação do pacientes) e falta de insumos (medicamentos, escovas cirúrgicas, antissépticos, kit cirúrgicos e capotes cirúrgicos descartáveis).

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Em outra parte do relatório são apresentadas metas e ações para a superação dos problemas apresentados. Mais do que os gráficos de Power Point, é a população que ansiosa espera que estas falhas sejam sanadas e possa os pacientes que necessitam de cirurgias serem atendidos. São vidas que estão em jogo, para que infiltrações no teto tirem a oportunidade para que elas sejam preservadas.

O SindSaúde já mostrou, por diversas vezes, a precariedade do hospital que atende uma regional com 140 mil habitantes. Segundo fontes do SindSaúde-DF, o hospital ficou sem óleo diesel nos últimos dias para funcionamento de caldeiras e precisou de um empréstimo do óleo feito pelo Instituto Hospital de Base do Distrito Federal. O óleo é para funcionamento de caldeiras e geradores de toda a Secretaria de Saúde. Sem ele, ficam comprometidos a esterilização de equipamentos, lavagem e secagem de roupas de cama e o aquecimento de água para o banho dos pacientes. Além da suspensão de coletas de sangue para exames, na época a direção da unidade alegou superlotação de atendimentos.

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