São 51 pacientes que podem ter atendimento o domiciliar comprometido por culpa do GDF
A empresa terceirizada Prime Home Care Assistência Médica Hospital, que presta serviços à Secretaria de Saúde, enviou um comunicado ao órgão em que diz não estar recebendo os repasses da pasta e que o calote pode ocasionar no “atraso da quitação da folha de pagamento dos prestadores de serviço”.
Como se não se bastasse, a empresa alega que está fornecendo medicamentos e a dieta dos pacientes que ela assiste. A aquisição desses produtos é de obrigação da SES. Contratualmente, a companhia foi empregada apenas para prestar assistência a 51 pacientes que tenham casos de alta complexidade. No memorando encaminhado a SES, a Prime Home Care não menciona os valores devidos pela Saúde. Ao todo, o contrato de seis meses custará cerca de R$ 6,7 milhões aos cofres públicos.
Além disso, a terceirizada reclama que já havia comunicado a pasta sobre os atrasos no pagamento no início de setembro. O contrato em questão foi assinado entre Secretaria e a empresa em 25 de junho deste ano. Não houve licitação para a contratação do serviço.
Em 15 de outubro, o SindSaúde noticiou que os pacientes que precisam de atendimento domiciliar podem ficar sem o serviço por conta da inércia do poder público local. Até o momento, não houve qualquer sinalização da SES em promover alguma licitação para contratar empresas de home care e o contrato com a Prime Home Care se encerra em dezembro.
Para a presidente do SindSaúde, o governo sempre espera acontecer o pior para que algo seja feito. “A atuação gestão da Saúde não tem plano de trabalho. Pacientes que precisam de home care não podem ficar um dia sequer sem o serviço. Caso eles sejam encaminhados a UTI, infelizmente, eles podem vir a óbito”, afirma Marli Rodrigues.
Até a publicação desta matéria, a SES não havia respondido sobre quando pagará as dívidas que possui com a Prime Home Care Assistência Médica Hospital.