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quinta-feira, 25 abril, 2024

O governador que não sabe fazer contas

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Marli Rodrigues
Marli Rodrigueshttps://sindsaude.org.br/
Diretora-Presidente do SindSaúde-DF

Em quatro anos, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não conseguiu fazer o mínimo que deveria ser feito no Distrito Federal: manter as contas públicas em dia e investir naquilo que é básico para a população. O chefe do Executivo repete, com veemência, o velho mantra da sua gestão, “conseguimos honrar os pagamentos de todos os servidores e pegamos o DF falido”. Ele só esqueceu que pagar as contas é obrigação do gestor.

O que presenciamos nessa gestão é uma estagnação nos investimos públicos. Oficialmente, o GDF fala que terminará o ano com um déficit de R$ 600 milhões. O seu oponente, que lidera as pesquisas para na Eleição 2018, afirma que receberá o governo com uma dívida muito maior. Segundo o candidato Ibaneis Rocha (MDB), o rombo chegará a R$ 2,4 bilhões. A verdade, só saberemos quando abrirem os cofres públicos.

Com certeza o déficit está abaixo da realidade. Somente com pecúnias das licenças prêmios não usufruídas, o gasto será de mais de R$ 700 milhões, somando a isso o passivo decorrente dos reajustes e incorporações não concedidas.

O zelo pelas contas públicas nunca foi marca do atual governo. Além disso, o socialista sucateou a Saúde Pública do Distrito Federal, prezando sempre pela terceirização do setor.

Caso ele tivesse fôlego e algum apoio para se manter à frente do Palácio do Buriti, veríamos a Saúde entregue à iniciativa privada, a exemplo do que ocorreu no Hospital de Base, que hoje está com várias camadas de maquiagem para aparecer na propaganda eleitoral.

O mais estranho de tudo é que esse governador realmente não sabe fazer contas. Se enrola nas próprias falas e no lero-lero de que a última gestão do GDF praticamente faliu o Estado, e que ainda não teve tempo de recompor as contas públicas. Ora, governador, quatro anos depois e o discurso não mudou?

Se não houve investimento nas áreas básicas, se ele deu o calote no reajuste de 32 categorias e nos direitos dos servidores e se não pagou inúmeros fornecedores, onde os recursos públicos  foram gastos? Para completar, a arrecadação de impostos e taxas já subiu R$ 709,6 milhões este ano.

Como a conta do governador não fecha? Por que ele ainda deixará um rombo tão grande nos cofres públicos? Para onde foi todo o dinheiro público? Essa matemática é duvidosa para muita gente.

Caberá ao próximo governador resolver a situação. Sabemos que certamente será um espinhoso abacaxi, mas esperamos que a nova gestão saiba fazer a contas e valorizar quem realmente precisa ser valorizado.

O SindSaúde vai cobrar todas as promessas feitas em campanha e continuar sua luta para uma Saúde Pública de qualidade.

Por Marli Rodrigues

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