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sábado, 20 abril, 2024

Servidora denuncia situação de caos no Centro Obstétrico de Santa Maria

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Unidade tem déficit de profissionais e espera superior a 10 horas para realização de partos. Direção avalia restringir o atendimento às pacientes do alto risco

A unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) está em situação caótica. A informação foi afirmada em despacho de uma servidora, membro da chefia do Centro Obstétrico do HRSM, entregue ao diretor da unidade, em 04 de outubro. Segundo o documento, o número de médicos não é suficiente para a demanda de atendimentos.

Segundo a servidora, atualmente existe no HRSM um déficit de aproximadamente 324 horas de RH de médicos obstetras. A situação se agravou após a reabertura de atendimento para pacientes de baixo risco.

O SindSaúde teve acesso a tabela que mostra um salto de 143 partos em fevereiro para 358 em maio deste ano. Porém, o quadro de profissionais continua reduzido, o que é ainda pior quando algum médico falta ou entra de atestado.

Tabela Partos hRSM

No documento, a médica relata que a plantonista do dia 03 de outubro ficou sozinha durante 6 horas. Enquanto teve que realizar uma cesárea, dois partos normais tiveram que ser realizados pelos internos de uma universidade. De acordo com a médica, por mais que exista uma restrição de atendimento por falta de médicos, os atendimentos precisam continuar. Ela lembra que os partos não esperam, e que as mulheres precisam de ajuda, mesmo que tendo que esperar mais de 10 horas.

Por sua vez, o diretor da unidade encaminhou o mesmo texto para a Secretaria de Saúde solicitando soluções de curto, médio e longo prazo para o problema. Além de pedir o estudo da viabilidade de restrição de atendimento para apenas alto risco.

“Volto a repetir que só uma mulher que já foi mãe sabe o quanto é delicado o momento do parto. Ter que aguardar até 10 horas quando está sentindo as contrações é desumano. Este desgoverno tem mil e um motivos para se envergonhar. Não é possível que não exista ao menos compaixão com os brasilienses que estão nascendo na rede pública”, diz a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

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