Falta do equipamento que detecta o câncer de mama também se estende ao Hospital de Taguatinga
O único mamógrafo do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) está quebrado há sete meses. A informação consta em um documento obtido por exclusividade pelo SindSaúde. O memorando foi encaminhado à Secretaria de Saúde no última quinta-feira (3) e é assinado pela Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer.
Lamentavelmente, a situação ocorre no mês em que é comemorado o Outubro Rosa, campanha em que as mulheres são conscientizadas sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do tratamento logo após a seu diagnóstico.
Em julho de 2017, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou ter zerado as filas de mamografia. Mas, um ano após o acontecimento tão celebrado por sua gestão, a situação das mulheres do DF que necessitam da rede pública de saúde não melhorou.
“A pouco mais de dois meses de seu fim, o governo atual demonstra a falta de humanidade e o seu despreparo com a gestão de saúde. Não dá para zerar a fila de um exame e esquecer das outras mulheres que nunca o fizeram”, afirma a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues”.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde não respondeu quando irá normalizar o atendimento de mamografia nem o motivo da falta do serviço desde março deste ano.
Casos
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 59.700 novos casos de câncer de mama em todo o Brasil para este ano de 2018. A enfermidade é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No Distrito Federal, o órgão calcula 1.020 diagnósticos da enfermidade no mesmo período.