Hospital particular e GDF divergem sobre notificação de possíveis casos
O Distrito Federal não tem um surto de gripe H1N1, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF. Segundo a pasta, os casos em estudantes informados pela imprensa nos últimos dias não foram confirmados e não representam risco para a população.
Em entrevista à TV Globo nesta quarta-feira (3), o secretário Humberto Fonseca disse que os testes feitos no Hospital Anchieta são apenas de rastreio e não confirmam a existência da Influenza A (H1N1) em crianças. Duas escolas de Taguatinga e Ceilândia chegaram a suspender as aulas depois que vários alunos gripados foram até o hospital e receberam informação de que estariam contaminadas pelo vírus.
“Não temos nenhum caso confirmado no DF. O teste feito não é diagnóstico, é de rastreio, simplificado”, disse o secretário.
Fonseca afirmou que em todos os casos de suspeita de síndrome respiratória aguda grave o paciente já recebe o tratamento com o Tamiflu e a orientação principal é o cuidado com a higiene.
A Secretaria de Educação, em memorando circular para as regionais de ensino, reforçou a importância da higienização nas escolas e informou que não existe necessidade de suspensão de aulas ou fechamento de escolas.
Segundo balanço da própria SES, em 2018 foram registrados 68 casos de contaminação por H1N1. Os dados se referem de janeiro deste ano até o último balanço, divulgado nesta terça (2). Ao todo, seis pessoas morreram pelo agravamento da doença. Em 2017, não houve contágio confirmado na capital.
Vigilância
A Secretaria de Saúde aponta que o erro foi do Hospital Anchieta ao não explicar sobre o teste para as famílias e diz que não recebeu nenhuma informação na Vigilância Epidemiológica sobre a suspeita de H1N1. “Não fomos oficialmente notificados de nenhum destes casos até segunda (1) à noite”, afirmou o secretário.
Em nota enviada à Rede Globo, o Anchieta informou que os casos suspeitos de Influenza A ou B “foram repassados para a Vigilância Epidemiológica, conforme protocolo”.
Para a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, é preciso continuar vigilante e aguardar o desenrolar dos testes. “Se tratando dessa gestão incompetente, não dá para confiar que o erro foi do hospital”, disse.