SindSaúde entende que servidores têm o direito de benefícios, mas observa que tratamento é diferenciado para as categorias
O governo do Distrito Federal abriu um edital para contratar uma empresa de plano de saúde para atender os servidores da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Os profissionais do órgão já possuem plano e atual certame se refere a uma renovação do benefício. A licitação será aberta em 10 de outubro e tem previsão de custo em cerca de R$ 14,9 milhões, conforme publicação do Diário Oficial do DF desta terça-feira (18). A contratação terá vigência de 12 meses.
Em período eleitoral, e enquanto dá calote em parte os servidores, o GDF usa recursos da fonte 100, dinheiro destinado para o pagamento de despesas diversas, para privilegiar uma parcela dos servidores públicos em detrimento das demais.
O SindSaúde defende o bem estar de todas as categorias do funcionalismo público e considera que todos têm o direito aos benefícios do seu trabalho. No entanto, a entidade considera injusto determinados trabalhadores terem acesso a uma saúde de qualidade e outros não. Enquanto algumas categorias têm auxílio saúde ou planos próprios para assistência privada, os trabalhadores da Saúde precisam concorrer com o público em geral para ter acesso ao SUS. Não há serviços de assistência à saúde integral dos servidores. Por esse motivo, essa categoria está entre as que mais adoecem e o índice de absenteísmo é altíssimo, repercutindo no atendimento ao usuário.
Para minimizar esse tipo injustiça, umas das propostas do SindSaúde é a construção do Hospital do Servidor Público, para todos os funcionários do governo local. A iniciativa já é realidade nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Maranhão e Pernambuco.
“É nítida a tentativa do governador Rollemberg de priorizar uma ou outra categoria. É oportunista. Todos têm direito. Na verdade, todos, servidores e população, merecem um serviço público de qualidade, sem a necessidade de ter ou pagar por um plano de saúde. Esse dinheiro que será gasto para enriquecer corretoras de saúde seria muito bem-vindo para o pagamento da dívida do governo com os servidores”, afirma a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Os trabalhadores da Educação e Saúde foram responsáveis pela emissão, respectivamente, de 7.639 (49,1% do total) e 6.430 (41,3% do total) de licenças concedidas. Os outros órgãos tiveram 1.488 licenças concedidas (9,56%).