Mesmo com a insatisfação dos servidores e da população, o governador Rodrigo Rollemberg afirma que pretende ampliar o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base (IHBDF) a outras unidades de Saúde do Distrito Federal. Nos devaneios dele, o Instituto salvou o Base.
Rollemberg sequer percorreu o Hospital de Base para conferir os trabalhos prestados lá e ouvir os pacientes que ali estavam. Ele virou as costas novamente para as pessoas que o ajudaram a se eleger. Rollemberg fala em expandir a gestão em regime de Serviço Social Autônomo para o Hospital Materno Infantil, Hospital de Taguatinga, Hospital de Ceilândia e do Gama.
Até onde vai a cara de pau desse governador? É o que nós, servidores e população do DF, nos questionamos todos os dias. É sabido que o modelo do Instituto Hospital de Base apenas enfraquece o funcionalismo público e que nada melhorou no serviço de saúde prestado, além de ser mais uma porta aberta para possíveis atos de corrupção. Mas Rollemberg persiste no mantra de que a unidade é um presente aos cidadãos brasilienses e tem usado o Instituto em sua campanha à reeleição.
É triste ouvir uma história como a de Iragina Alves, que a reportagem do SindSaúde entrevistou há cerca de um mês no IHBDF. A aposentada de 65 anos aguardava há um ano uma consulta com um médico cardiovascular e há quatro meses com um reumatologista. No dia em que foi entrevistada, ela estava na fila para receber uma simples resposta, se seria atendida ou não, há mais de cinco horas./
É lamentável também ver Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com o sistema de ar-condicionado quebrado, colocando em risco pacientes, inclusive crianças e idosos, sob o perigo de contrair infecções.
Mas sei que a população se deu conta de que está sendo enganada de novo e está consciente que Rollemberg nunca mais. Espero que o próximo governante dê vida novamente ao Hospital de Base e que traga de volta à dignidade dos servidores que tanto apanharam na gestão atual.
#ForaRollemberg
Por Marli Rodrigues