Descobertas de esquemas de corrupção, prisões e condenações em todo o país são protagonizadas por figuras influentes com o governador.
Desde o início do governo, o SindSaúde tem lutado muito contra os efeitos das parcerias do governador Rodrigo Rollemberg. São empresários, lobistas e tantos outros que de forma mais direta, como por financiamentos de campanha, ou mais velada, estão ligados ao Executivo e de olho nos recursos que a máquina pública pode proporcionar. Muitos deles caem por terra, como Sílvio de Barbosa Assis, preso hoje (30) por suposta participação em esquema de concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.
O lobista é um dos nomes por trás do Fato Online. Ele teve ligações com o governador estreitas o suficiente para indicar nomes para o Detran-DF. Seu histórico já não era dos melhores, chegou à Brasília após envolvimento com o crime organizado no Amapá, onde chegou a ser indiciado e preso.
Moustafá no Amazonas
Não é de hoje que nomes associados à Rollemberg estampam os jornais com escândalos de corrupção, prisões e condenações. O chefe do Executivo pretendia entregar a Saúde do Distrito Federal à Mouhamad Moustafá, que foi um de seus financiadores de campanha. Há duas semanas, o médico e empresário foi condenado por participação no esquema que desviou R$112 milhões dos cofres da Saúde amazonenses, denunciado pela Polícia Federal. Para isso ele usava o Instituto Novos Caminhos (INC).
Além do INC, as empresas Salvare, Total Saúde e Simea, todas de Moustafá, doaram um total de R$600 mil à campanha de Rollemberg. A Salvare tem sede localizada na 706 Norte.
Organizações sociais também sucateiam Saúde do Maranhão
Recentemente, uma reportagem da Record abordou o caos na Saúde do Maranhão, onde o governo deixou de pagar fornecedores de comida, prestadores de serviço e terceirizados. Por lá também foi descoberto um esquema de corrupção que tomou dos cofres públicos R$18,3 milhões.
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O esquema funcionava através de funcionários fantasma, salários adicionais e por pacto com organizações sociais, que recebiam mas não entregavam o serviço. O impacto foi cruel: um aumento de 20% no número de mortes em leitos hospitalares desde 2014.
Um dos delatores do esquema, o médico do Samu Mariano de Castro Silva possivelmente não aguentou a pressão e cometeu suicídio. Uma carta deixada por ele cita Flávio Dino, governador do Maranhão, e desabafa “A culpa não pode ficar só comigo”.
“O modus operandi lá é idêntico ao daqui. Um chefe de Estado envolvido diretamente em esquemas e com pessoas da pior espécie. Não aceitaremos jamais que Rollemberg faça do DF seu campo de maldades, usando recursos, população e servidores como peças de um jogo sórdido. Como no Maranhão, também há muita gente morrendo por aqui”, critica a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.