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quarta-feira, 24 abril, 2024

Dono de OS que Rollemberg quis implantar no DF é condenado em Manaus

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Mouhamad Moustafá deverá passar 15 anos atrás das grades por esquema que desviou milhões da Saúde no Amazonas; empresário é dono de OS a qual Rollemberg pretendia entregar administração de hospitais do Distrito Federal.

Foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão o dono da organização social que o governador Rodrigo Rollemberg tanto tentou trazer para a Saúde do Distrito Federal. Mouhamad Moustafá é mentor de um esquema denunciado pela Polícia Federal que desviou R$112 milhões dos cofres da Saúde amazonenses e, coincidentemente, também um dos financiadores de campanha do atual líder do Executivo local.

A prisão ocorreu graças à operação Maus Caminhos, da Polícia Federal, iniciada em 2016 que investigou o desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas, um montante que ultrapassa R$112 milhões.

Moustafá usava o Instituto Novos Caminhos (INC), uma organização social, como meio de escapar de licitações e permitir contratação direta, assim, repasses do Fundo Estadual de Saúde iam direto para os bolsos do empresário e sua quadrilha. O dinheiro o proporcionava uma vida de luxo, que teve seu patrimônio multiplicado 88 vezes entre 2012 e 2015.

Ele chegou a qualificar suas empresas para atuarem como OS no Governo do Distrito Federal. O Instituto Novos Caminhos protocolou processo na Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), em 2015.

Além do INC, as empresas Salvare, Total Saúde e Simea, todas de Moustafá, doaram um total de R$600 mil à campanha de Rollemberg, eleito em 2014. A tentativa de implantação da OS no DF foi uma clara troca de favores, muito combatida pelo SindSaúde que questionou como uma organização sem fins lucrativos consegue fazer doação para campanha de políticos. Moustafá chegou a ser convocado pela CPI da Saúde para prestar depoimento, mas foi preso antes.

Com a mobilização do SindSaúde, que buscou apoio na Câmara Legislativa e diversos órgãos públicos, Rollemberg fracassou na tentativa de trazer a administração do Barão das OSs para o DF.

“É nosso dever combater toda inciativa do governo em substituir o serviço público por organizações sociais, porque elas, definitivamente, não são sem fins lucrativos. A condenação de Moustafá escancara tudo aquilo que o SindSaúde sempre alertou. Dessa vez deu ruim para Rollemberg, que não conseguiu ressarcir seu apadrinhado e ainda o verá atrás das grades”, avalia a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

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