Em votação apertada, Rollemberg começa a sentir o gosto da derrota
Como criança que perde o jogo e carrega a bola, a base aliada do governador Rodrigo Rollemberg deixou o Plenário da Câmara Legislativa do DF, na noite desta quarta-feira (13), após derrota do governo, que pretendia resgatar R$ 1 bilhão do Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal) para outros fins.
Com a derrota de 11 votos a 10, decidida em último voto pelo presidente da CLDF, Joe Valle, os deputados que compõe a base, liderados por Agaciel Maia, saíram da Casa e então a votação do Orçamento para 2018 ainda não foi concluída. Nova sessão para encerrar o ano do Legislativo deve ocorrer nesta quinta-feira (14).
Para o SindSaúde, a derrota do governo é sempre uma vitória da população. Pois, por mais que seja absurdo, os moradores do Distrito Federal vivem em um embate com o atual governo e, infelizmente, quase sempre perdem.
“É luta atrás de luta e vamos ficando cada vez mais abandonados e esquecidos. A batalha do servidor e da população é longa, mas nós não desistimos. E essa luta é com grandes vilões da Saúde, Educação, Segurança. Luta contra o poder e as fiéis amizades que Rollemberg constrói na CLDF. Vez em quando, os escudeiros nos surpreendem e vão contra o grande mestre, mas ainda é pouco perto do que nós servidores, e a população em geral, precisamos”, afirma a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Para a sindicalista, manter a postura ainda é algo que a Câmara do DF precisa mostrar que consegue. “Será que a CLDF vai aguentar segurar essa rédea?? Uma Casa que historicamente vota contra os interesses da população e dos servidores, agora segurou. Mas vamos ver até quando ela vai segurar esse jogo e não cair no canto da sereia… Rollemberg é um político SEM FUTURO, sem previsão de mudança, sem expectativas. Vamos carimbar o passaporte dessa espécime para o abismo dos mercadores de ilusão”, alerta.
Na emenda enviada à CLDF, o Executivo pedia aprovação para usar o recurso no valor de R$ 1 bilhão para reconstrução de escolas, reforma em unidades de saúde e remanejamento da estrutura de secretarias-adjuntas, além dos casamentos comunitários (trecho que foi retirado do ofício após repercussão negativa).
“Temos a certeza que esse recurso, assim como vários outros, não iria chegar à Educação e à Saúde. Não é surpresa para nós que, às vésperas das eleições de 2018, o GDF tente reunir recursos em sua aba. A história é antiga e já conhecida nossa”, finaliza Marli.