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quarta-feira, 24 abril, 2024

GDF e a farra dos conselheiros endinheirados e sem trabalho

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

“Farinha pouca, meu pirão primeiro!” Falam em falta de dinheiro e os “conselheiros” se esbaldando

O que um governo sério faria com R$ 8,5 milhões por ano? Compraria ou faria manutenção em equipamentos de radioterapia, remédios para tratamento do câncer? Compraria materiais para lavar roupas nos hospitais e evitar a suspensão de cirurgias? Compraria luvas e outros itens básicos que faltam na rede pública de Saúde? A reposta é NÃO!

Esses R$ 8,5 milhões são empenhados, por ano, para pagar 80 conselheiros que se reúnem UMA ÚNICA vez por mês com a desculpa de serem os representantes da União em Conselhos de Administração e Fiscal ou órgãos equivalentes de empresas da administração direta ou indireta do DF.

Os gastos com eles são chamados de “jetons”. Eles mantêm seus salários na União e ainda ganham recursos que chegam a R$ 10 mil para aconselhar o governo do DF em suas ações. Essas mesmas ações desastrosas que assistimos todos os dias.

No total, por mês, são R$ 713 mil gastos e nenhum retorno. Segundo levantamento do Portal Metrópoles, o jeton mais alto é de R$ 10,7 mil, pago aos integrantes do conselho da Terracap. Também segundo a apuração, os oito conselheiros da estatal não conseguiram evitar os prejuízos da empresa, que quase decretou falência, com um rombo superior a R$ 200 milhões.

Bolso cheio

Entre os conselheiros da Terracap citados, está o excelentíssimo senhor secretário-chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio. Ele foi cedido pela Câmara Federal, onde ganha o teto de R$ 33,7 mil, para o governo de Rodrigo Rollemberg. Com mais o trocado que ganha no DF, soma um salário final de R$ 44,4 mil. Os jetons não são classificados nos cálculos do limite previsto na Constituição.

Esse mesmo secretário disse em entrevista à rede Globo que era um “absurdo um técnico em enfermagem do DF ganhar R$ 7 mil em fim de carreira, fazendo 40h”. O que será que ele acha do salário dele? O que será que ele pensa dos R$ 10 mil que morde todo mês para fazer UMA REUNIÃO , que não traz resultados concretos para a população do DF?

O jeton do secretário contrata oito funcionários para a limpeza e conservação ou merendeira. O que ele ganha em um dia, o trabalhador comum tem que trabalhar 30 dias para ganhar e ainda sofrer com atrasos de salários, como vem ocorrendo com os terceirizados do governo. Chega a ser constrangedor para ele citar o salário de um médico, enfermeiro ou qualquer outro profissional de saúde.

Cirurgias são canceladas por falta de roupa no HRAN

“Atacar servidor é muito fácil. Do alto escalão, lá de cima, deve ser muito divertido criticar um enfermeiro que trabalha 40 horas por mês para ganhar R$ 7 mil. Que estuda e se atualiza sempre para atender os pacientes e que luta, dia a dia, para reduzir o caos que está na saúde pública”, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde-DF. “Um servidor da Saúde, além de todo o caso, ainda tem uma exposição ao agentes biológicos, contaminação, radiação e as péssimas condições de trabalho.”

A sindicalista lembra ainda que os conselheiros nada fazem pela população ou por servidores. “Incrível é saber o quanto se gasta com esses tais palpiteiros de luxo. Se ao menos soubessem aconselhar, não estaríamos nesse DESGoverno. O secretário Sérgio Sampaio está sendo muito bem pago para perseguir servidor”, finaliza Marli.

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