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quinta-feira, 28 março, 2024

SEQUELAS: Mais de 10% dos leitos de UTI estão bloqueados

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Nos últimos anos mais de 1,2 mil pessoas morreram aguardando uma vaga

Selo sequelasA conta que o governo Rollemberg deixou para a saúde pública ainda assusta e preocupa os moradores do Distrito Federal. Dos 392 leitos de UTI disponíveis na rede, 10,9% seguem bloqueados* e sem acesso para a população. O motivo para 43 leitos estarem bloqueados é o mesmo: insuficiência de recursos humanos para dar suporte e garantir a abertura do leito.

Os números são da Secretaria de Saúde do DF e preocupam quem precisa de um leito de UTI. Das 4.368 pessoas que entraram na Justiça entre 2015 e julho de 2017 para garantir acesso a UTI, um direito que já deveria ser fornecido pelo governo, 1.261 pacientes morreram à espera de um leito.

Os óbitos por falta de leitos de UTI foram recorrentes ao longo da gestão de Rollemberg. Em 2015, 29,1% (495) dos pacientes que buscaram a Justiça morreram antes de conseguir lugar na terapia intensiva. No ano seguinte, manteve-se percentual similar 28,2% (470 pacientes).

Rede

Em alguns locais da rede pública do DF, o número de leitos bloqueados passa de um terço do total, como é o caso do Hospital Universitário de Brasilia (HUB). Lá, dos 14 leitos existentes de UTI, 5 estão impossibilitados. No Hospital Regional de Sobradinho (HRS) são 4 leitos bloqueados (22,2%); no HMIB, 9 dos 55 leitos (16,3%); e no Hospital de Base 11 dos 78 leitos (14,1%).

“Nos preocupa muito essa herança deixada e precisamos que o governo se mexa logo para resolver essa situação”, aponta a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues.

Leitos

Brasília é a capital com segunda menor oferta de leitos de UTI na rede pública proporcionais à população, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A capital federal tem apenas 0,91 leitos para cada 10 mil habitantes, número menor que o recomendado pelo Ministério da Saúde e que coloca o DF atrás apenas de Macapá (AP).

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a proporção ideal é de 1 a 3 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes – a média brasileira é de 1,4.

Na contramão da rede pública, o DF está na liderança de leitos privados de UTI – 8,78 para cada 10 mil habitantes, quase três vezes o recomendado.

Gestão

A Secretaria de Saúde informou que reconhece o déficit de leitos de UTI e esclarece que a atual gestão já está trabalhando para a abertura, o mais rápido possível, dos leitos bloqueados. O SOS DF Saúde possibilitará a contratação de profissionais, a compra de forma mais ágil dos insumos e equipamentos e a contratação de mais leitos.

 

* Dados atualizados em 16/1/2019

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