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quinta-feira, 25 abril, 2024

A desigualdade no acesso à saúde ainda é desafio no continente americano

O Dia Pan-americano da Saúde pretende debater a saúde na região para o bem-estar das populações

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Nesta quarta-feira (2), é comemorado o Dia Pan-americano da Saúde, a data foi instituída pelo Decreto nº 8.229 e é celebrado desde 1941. O objetivo é mobilizar o continente para debater e pensar campanhas de educação e prevenção em busca de uma saúde de qualidade e, assim, o bem-estar dos indivíduos. O foco são doenças típicas das regiões dos países que formam o continente.

Segundo o portal do Ministério da Saúde, o Dia Pan-americano da saúde, conquistou muitas vitórias ao longo dos anos. Uma delas, no Brasil, é a erradicação da poliomielite (a paralisia infantil), que ocorreu depois de uma extensiva campanha de vacinação, que se iniciou nessa data.

Desigualdade
O Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e no Caribe 2020, relatório das Nações Unidas, mostra que há desigualdade territorial no que diz respeito a má nutrição nos países da América Latina e do Caribe. O relatório analisa o sobrepeso e o atraso no crescimento infantil nos países da região e identifica quais territórios estão mais atrasados.

De acordo com o relatório, em 23 países existem 142 territórios nos quais a baixa estatura, atraso no crescimento infantil, é significativamente maior do que a média nacional: a diferença entre os muito atrasados e os não atrasados chega a 48 pontos percentuais no Panamá e 34 na Guatemala, e é particularmente marcado em Belize, Colômbia, Guiana e Honduras. Os mais pobres são os mais prejudicados.

Já o sobrepeso em crianças menores de cinco anos afetava 7,5% da população infantil do continente em 2019, acima da média mundial de 5,6%. O Panorama identificou 141 territórios em 22 países, com atraso no que diz respeito ao sobrepeso infantil, desta vez, o fenômeno atinge mais as grandes cidades e capitais de cada país. Os países com as maiores diferenças médias entre seus territórios com alto e sem atraso são Jamaica (17,5 pontos percentuais), Guiana (14,7 pontos percentuais), Panamá (14,7 pontos percentuais), Bolívia (12,7 pontos percentuais) e Peru (10 pontos percentuais).

Pandemia e a fome na América Latina
Em 2019 a fome no continente já era um problema com grandes dimensões e foi neste cenário que a pandemia chegou e piorou a situação. Segundo o relatório, 47,7 milhões de pessoas, 7,4% da população, viviam com fome em 2019, um aumento de mais de 13 milhões apenas nos últimos cinco anos. Além disso, um em cada três habitantes da América Latina não tinha acesso a alimentos suficientes e nutritivos.

De acordo com o Panorama, em 2016, 315 milhões de pessoas (quase metade da população da região) estavam com sobrepeso e obesidade, ante 239 milhões em 2006. Isto é um agravante, já que a obesidade é fator de risco no caso de uma infecção por COVID-19.

O Panorama é uma publicação conjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA); Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS); Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP).

OPAS
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo e pertence a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OPAS, fundada em 1902, trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações, estão entre suas cooperações: combate a doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis, bem como suas causas; e fortalecer os sistemas de saúde e dar respostas ante emergências e desastres.

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