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terça-feira, 16 abril, 2024

SES e PMDF anunciam a criação do programa Saúde Segura

SindSaúde apresentou ao governo, por meio de ofício, a gravidade do problema e indicou a necessidade da organização de um batalhão hospitalar no DF

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

A Secretaria de Saúde anunciou nesta quinta-feira (4), em coletiva de imprensa, o programa Saúde Segura, em parceria com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O objetivo da ação é aumentar a sensação de segurança nas unidades de Saúde do DF. O tema foi levantado após uma série de agressões sofridas por servidores nos últimos meses e denunciadas pelo SindSaúde.

De acordo com o coronel Jorge Eduardo Naime, chefe do Departamento Operacional (DOP), o trabalho será dividido em três pilares de atuação. “Prevenção, Manutenção e Pronta Resposta”, explicou. Para a PMDF, é importante melhorar a segurança não só dos servidores, mas também da população que procura por atendimento na rede.

Para cada pilar apresentado, Naime demonstrou uma ação efetiva. Para a prevenção será realizada uma análise ambiental com mapeamento de fatores que intensificam a sensação de insegurança nos arredores das unidades de saúde. Com este mapeamento, será possível indicar medidas como poda de árvores, reforço da iluminação pública e da estrutura de cada local.

Um aplicativo, que ainda será desenvolvido, atenderá ao pilar da pronta resposta, e disponibilizará aos chefes das unidades de saúde um botão de pânico que será atendido prontamente pelo batalhão mais próximo da PMDF em caso de ocorrências, estas chamadas não precisarão aguardar o tempo de um atendimento do 190.  Como o problema da segurança é urgente, até que a tecnologia esteja pronta, a SES e a PMDF criarão grupos setoriais no whatsApp entre servidores da Saúde e oficiais da polícia.

Por fim, no pilar manutenção, a PMDF vai incluir Hospitais, Unidades de Pronto Atendimento e Unidades Básicas de Saúde como pontos de patrulhamento das viaturas. “Já temos alguns pontos fixos onde sempre paramos e vamos adicionar novos. O policial vai descer, conversar com o vigilante e mostrar presença”, disse o coronel.

Trabalhar a prevenção

Para o SindSaúde o lançamento do programa Saúde Segura é algo positivo, pois demonstra que a cobrança do sindicato fez com que a SES buscasse uma pronta resposta para o problema das agressões e perseguições sofridas por servidores da Pasta. Porém, a preocupação é pela prevenção e aumento de segurança para todos no ambiente hospitalar e não só estreitar a forma de relatar ocorrências e pedir socorro.

Para Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde, este anúncio já produz efeitos de melhora na segurança, mas não resolve inteiramente o problema que só conhece quem está na base. “A rotina de trabalho de um servidor da Saúde, que está diariamente no atendimento, é lotada de pressão, o sindicato quer prevenir as violências e não precisar estreitar o caminho para registrar ocorrências. Pois neste espaço de tempo um servidor já sangrou fisicamente, psicologicamente e em sua dignidade de trabalhador e pessoa humana”, destaca.

Sabe-se que apesar de não existir um levantamento da SES de quantos casos de agressão aconteceram na Saúde em cada ano, além dos noticiados pela mídia, denunciados pelo sindicato e registrados em boletins de ocorrência policial, muitos casos nem chegam a ser divulgados ou relatados.

“Não importa quantos foram os casos registrados, a integridade física de cada servidor é responsabilidade do Estado. Nós sabemos como chamar a PMDF, o que não queremos é que a ocorrência aconteça, por isso, a importância de um batalhão hospitalar permanente e treinado para este tipo de situação”, pondera Marli.

O SindSaúde continuará atuante na cobrança por mais segurança aos servidores, o problema já foi apresentado à SES e agora cabe a ela acompanhar cada caso. “A responsabilidade é da SES pela proteção de seu maior patrimônio que é o servidor, a Pasta já está sabendo da gravidade das circunstâncias. Uma pena que tivemos que sangrar para que a Pasta começasse a enxergar o problema, mas como em tudo, só conhece a guerra os que foram para o front, quem assiste da telinha só conhece de ouvir falar”, finaliza a presidente.

SindSaúde e a criação do batalhão hospitalar

O SindSaúde enviou ofício ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao secretário de Economia, André Clemente, e ao secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, em 13 de outubro, cobrando medidas de curto e médio prazo que garantam aos servidores da Saúde mais segurança em seus locais de trabalho.

CLIQUE AQUI e leia o ofício na íntegra.

Umas das propostas do documento, em médio prazo, é a criação de um batalhão hospitalar do DF, com policiais treinados para assegurar a proteção de todos nas unidades de saúde, tanto para os trabalhadores do local, garantindo o exercício pleno de sua função, assim como para os pacientes e acompanhantes. A ideia é seguir o exemplo do batalhão escolar da PMDF que é responsável pela segurança de colégios públicos e privados desde 1989, ano da sua criação e hoje é referência em todo país.

Como as agressões contra servidores tem sido recorrentes no DF, o ofício também cobra, como ação de curto prazo, o aumento dos postos de vigilância nos hospitais, Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento.

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