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quarta-feira, 27 março, 2024

Servidores da Saúde estão doentes, esgotados e sobrecarregados – Saúde caminha para o colapso?

Diversas unidades estão com equipes desfalcadas por afastamento de trabalhadores infectados pelos diversos vírus em circulação

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

O SindSaúde recebeu informações de que há um aumento dos casos de Covid-19, Influenza e Dengue entre servidores da Saúde do Distrito Federal.  Existe uma certa dificuldade na confecção das escalas das equipes de trabalho, tanto nas Unidades Básicas de Saúde – UBS como na atenção hospitalar, tendo em vista que muitos trabalhadores estão afastados por estarem infectados por algum dos vírus circulantes ou doenças psicológicas. Será que a Saúde do DF caminha para o colapso?

Segundo relatos, em algumas UBS’s mais de 50% do efetivo está afastado, o que dificulta o atendimento, em contrapartida, as filas de pacientes aumentam de maneira acelerada considerando a taxa de transmissão estar elevada – 2,11 nesta quarta-feira (12), ou seja, cada 100 infectados contaminam outras 211 pessoas.

Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, é necessário que a Secretaria de Saúde  estabeleça as unidades específicas para cada demanda da população, o que evitaria a peregrinação dos pacientes e garantiria maior cuidado ao usuário do Sistema Único de Saúde.

De acordo com servidores, a tipificação desses diversos vírus circulantes só está sendo feita para os casos de maior gravidade respiratória, para o sindicato esta decisão precisa ser revista, pois atrapalha a condução dos tratamentos do ponto de vista epidemiológico, além de promover o tratamento adequado para cada caso.

“Os moradores do DF estão chegando às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) encontram muita dificuldade para fazer testes, avolumam-se nas portas dos hospitais e também encontram dificuldade no acolhimento e atendimento, consequência da escassez de profissionais. Neste momento de alta nos índices de contaminação é imprescindível que a SES reavalie suas portas de entrada e suas prioridades”, ressalta Marli.

Uma das alternativas que desafogariam o quadro de pessoal da SES é a realização de contratos emergenciais de novos profissionais de saúde voltados especificamente para o atendimento de pacientes acometidos por síndromes gripais e Covid-19.

É importante que a Saúde saiba além do resultado positivo ou negativo para Covid-19, é preciso saber se o paciente está com Influenza e sua tipificação (A, B e seus subtipos). “A população precisa entender que vacina para gripe só será disponibilizada em abril de 2022 com uma fórmula que combata estes vírus que estão circulando hoje. O momento requer muito cuidado e respeito às normas de etiqueta respiratória”, pondera a presidente.

Vacina Covid-19

Foi divulgado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), em coletiva de imprensa na quarta-feira (12), que cerca de 90% das pessoas que precisaram ser internadas por Covid-19 no DF não tomaram vacina ou estão com ciclo de imunização incompleto. Surge aí a necessidade de uma busca ativa destes cidadãos.

“O GDF precisa buscar estas pessoas em suas casas, levar a vacina até elas, levantar na base de dados quem são os que não se vacinaram ou estão atrasados em seus ciclos vacinais. As vacinas são comprovadas cientificamente e salvam vidas, além de aliviarem o sistema de saúde”, alerta Marli.

Atenção Primária

Conforme foi passado ao sindicato, as unidades que compõe a atenção primária da SES estão lotadas e é preciso que o Poder Executivo local compreenda que o momento é de ter foco nas doenças respiratórias.

“A atenção primária precisa focar em pacientes sintomáticos respiratório, síndromes gripais, Covid-19, pré-natal, desenvolvimento e crescimento. Não é momento de ampliar as demandas. Estamos com déficit de pessoal. A operação é de risco e precisa ser encarada como tal”, diz a presidente.

Servidores esgotados

Os servidores da Saúde estão doentes, esgotados e cansados, os que não estão afastados, estão com alta demanda.

“O gabinete de crise precisa se reinventar, chegamos ao limite da força. Estamos com escassez de testes, número reduzido de profissionais para atender e sem direcionamento. Já temos UBS’s que declararam surto de síndromes gripais entre suas equipes”, finaliza Marli.

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