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quarta-feira, 24 abril, 2024

Exploração e preconceito: mais de 2 milhões de profissionais da Saúde em situação de invisibilidade

Segundo estudo da Fiocruz, 80% dos trabalhadores de nível técnico e auxiliar na saúde vivem situação de desgaste profissional e psicológico no Brasil

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Novo estudo da Fiocruz, publicado nesta quinta-feira (10), mostra como a pandemia da Covid-19 aprofundou a exploração e o preconceito para com o grupo dos trabalhadores da Saúde, um total de 2 milhões de profissionais de nível técnico e auxiliar, que exercem atividades de apoio na assistência, no cuidado e no enfrentamento ao novo coronavírus, sofrem com o descaso e a falta de apoio no meio profissional.

No estudo, a Fiocruz fez uma análise sobre a vida desses profissionais, mostrando que 80% deles vivem situação de desgaste profissional relacionado ao estresse psicológico, à sensação de ansiedade e esgotamento mental. Além disso, o estudo mostrou que a falta de apoio institucional é um dos problemas recorrentes na vida destes trabalhadores, sendo citado por mais de 70% dos participantes da pesquisa, enquanto 35,5% admitiram sofrer violência ou discriminação durante a pandemia. Grande parte das agressões citadas (36,2%) ocorreram no ambiente de trabalho, na vizinhança (32,4%) ou no trajeto casa-trabalho-casa (31,5%).

A pesquisa denominada ‘Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil’ contou com a participação de 21.480 trabalhadores de 2.395 municípios de todas as regiões do país.
Os dados finais do estudo da Fiocruz apontaram que 53% dos “invisíveis” da saúde não se sentem protegidos contra a Covid-19 no trabalho. O medo generalizado de se contaminar (23,1%), a falta, escassez e inadequação do uso de EPIs (22,4%) e a ausência de estruturas necessárias para efetuar o trabalho (12,7%) foram mencionados como os principais motivos de desproteção. A pesquisa ainda apontou que de acordo com 54,4% dos trabalhadores, houve negligência acerca da capacitação sobre os processos da doença (Covid-19) e os procedimentos e protocolos necessários para o uso de EPIs.

Com a falta de apoio e com o descaso sofrido, esses profissionais da saúde ainda são submetidos a exigências físicas e mentais durante as atividades realizadas, como por exemplo, pressão temporal, interrupções constantes, repetição de ações e movimentos, pressão pelo atingimento de metas e tempo para descanso, foram consideradas muito altas por 47,9% deles. Além disso, 50,9% admitiram excesso de trabalho.

CLIQUE AQUI e leia o estudo na íntegra.

*Com informações da Agência Fiocruz de notícias

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