O presidente Jair Bolsonaro segue sua marca de destruição do Sistema Único de Saúde. Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, onde ficou evidenciada a importância do SUS, o Ministério da Saúde prepara um ‘revogaço’ de cerca de cem portarias sobre saúde mental, editadas entre 1991 a 2014, esta atitude do governo federal ameaça diversos programas e serviços. A informação é de Eduardo Barretto, publicada no portal Época.
Entre os programas que serão afetados caso a medida seja aplicada estão o programa anual de reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar no SUS, as equipes de Consultório na Rua, o Serviço Residencial Terapêutico e a Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa.
Segundo o colunista, também corre risco a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
A maioria destes programas atingirá quem mais depende do Sistema Único de Saúde, ou seja, os cidadãos mais pobres e vulneráveis, inclusive a população em situação de rua. Tal atitude pode vir no momento em que STF e Congresso nacional estarão de recesso de final de ano, ou seja, o que dificultaria questionamentos.
“Bolsonaro não esconde que seu objetivo é destruir o SUS, o desconhecimento e a falta de responsabilidade com a saúde pública é marca deste governo. Vivemos momentos de profundo desmonte de programas que favorecem populações mais carentes. O ministro não conhece o SUS, o presidente quer desmontá-lo, cabe aos sensatos lutar por sua manutenção. O SUS é o maior patrimônio e conquista dos brasileiros e precisa ser defendido”, destaca Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.