19.5 C
Brasília
sexta-feira, 29 março, 2024

Protesto contra reformas e Temer reúne milhares de manifestantes no DF

Saiba Mais

SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

De acordo com a Polícia Militar, 25 mil pessoas estão no protesto contra as reformas e o governo Temer

Cerca de 25 mil pessoas participam da marcha contra as reformas Trabalhista e da Previdência e o presidente Michel Temer (PMDB/SP), na tarde desta quarta-feira (24/5), na Esplanada dos Ministérios. Por volta das 13h40, um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio montado pela Polícia Militar, na altura do Palácio da Justiça. Alguns jogaram hastes de bandeiras, pedaços de madeira, cano de PVC e até uma bomba caseira nos policiais, que revidaram com gás de pimenta. O clima é de tensão.

Os sindicalistas pedem, do carro de som, para que as pessoas que estão com rostos cobertos que tirem as máscaras. “Essa é uma manifestação pacífica”, disseram. Mesmo assim, um grupo ignora os apelos e joga tudo o que encontra pela frente nos policiais. Por volta das 14h, eles derrubaram a grade montada próxima ao Palácio a Justiça. A cavalaria está a postos.

Para evitar mais confronto, os sindicalistas decidiram voltar com o carro de som para a Torre de TV. Liderado por centrais sindicais, o protesto estava marcado para a partir das 14h. Mas, por volta do meio-dia, os manifestantes, que estavam concentrados próximo ao Estádio Mané Garrincha e da Torre de TV, começaram a descer pela Via N1, rumo ao Congresso Nacional.

As 12 faixas do Eixo Monumental estão interditadas. O trânsito nas proximidades está caótico. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento na altura da Catedral de Brasília para revistar as mochilas dos manifestantes. Sindicalistas orientam aos participantes a retirarem os mastros das bandeiras. “Estamos de olho”, disseram, do alto do carro de som.

“Bolo”
Depois do “bolo” que as centrais sindicais receberam de parlamentares que prometeram se juntar à manifestação e não compareceram à concentração do ato, manifestantes gritam: “Ô deputados, cadê vocês? Viemos aqui para ver vocês.”

Para evitar possíveis invasões, a segurança da Presidência da República fechou os três acessos ao Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente. Nem mesmo a circulação de pedestres ou da imprensa é permitida no local neste momento. A última vez que isso ocorreu foi no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando Temer, então vice-presidente, fez a solicitação à segurança.

Os manifestantes também não têm acesso à Praça dos Poderes. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, eles terão de ficar no quadrilátero da região da Esplanada dos Ministérios, desde a Catedral à Alameda das Bandeiras, que fica em frente à entrada principal do Congresso Nacional.

Com isso, não podem se aproximar do Palácio do Planalto, do prédio do Supremo Tribunal Federal nem do Congresso. “A área é uma delimitação prevista no Protocolo Tático Integrado (PrTI), assinado, mês passado, por 48 órgãos do Distrito Federal, Congresso Nacional e Governo, não será permitida a presença de manifestantes na Praça dos Três Poderes. O protocolo estabelece esse espaço para os protestos de grande concentração público em Brasília”, explicou uma nota divulgada pela secretaria.

Ônibus
Até as 10h, foi informada a chegada de 500 ônibus trazendo pessoas para o protesto. A PMDF realizou abordagem à 6h na BR-080 (entrada de Brazlândia) em 53 ônibus ligados à CUT, transportando 2 mil pessoas aproximadamente, vindas de Goiânia (GO) e do Pará. Foram recolhidos saco com pedras, cano de PVC, hastes de madeira e um facão.

Na mesma rodovia, a Polícia Militar prendeu quatro homens. Eles foram levados para a sede do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade, pois portavam um punhal, canivetes e uma porção de maconha.

Jorge Bastos é diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários da Bahia e encarou 25 horas para vir à manifestação. Ele considera que a Reforma da Previdência é inconcebível. “Essa reforma é nefasta aos trabalhadores. Ainda mais em nossa categoria, que vive em um ambiente de alta periculosidade. Se ela for aprovada, morreremos antes da aposentadoria”, indigna-se.

A Reforma Trabalhista também é alvo de críticas. “Essas mudanças propostas por um governo golpista apenas irão tirar direitos conquistados. Acreditamos que somente a manifestação popular pode impedir essas reformas”, argumenta Ricardo Ferreira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas.
O trânsito está fechado para veículos nos dois sentidos da via. Os acessos de ministérios e das vias L2 Sul e Norte à Esplanada também ficaram bloqueados. Como alternativa aos motoristas, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) recomenda a circulação pelas vias S2 e N2, localizadas atrás dos ministérios.

Escolas
Por conta da manifestação, o horário das aulas na rede pública de ensino do Distrito Federal vai ser reduzido nesta quarta. Tanto os alunos do turno matutino quanto os do vespertino vão ter aula das 7h30 às 10h.

O motivo é uma chamada do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) para que os docentes participem da marcha. A Secretaria de Educação contesta o Sinpro e disse que não existe acordo para a redução de horário do expediente. A pasta afirmou ainda que paralisações podem ocorrer, mas a decisão caberá a cada professor. As escolas que aderirem à paralisação deverão repor o dia letivo.

Policiais civis
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) também vai participar do movimento contra a Reforma da Previdência (PEC 287/16), a partir das 13h. A concentração será na Praça da Torre de TV e a manifestação seguirá para a Esplanada dos Ministérios.

De acordo com o sindicato, mesmo com mudanças em relação à proposta original do governo federal, a reforma traz grandes prejuízos para a aposentadoria dos trabalhadores, sobretudo a dos policiais civis.

O texto propõe aumento do tempo de contribuição – 15 para 25 anos para mulheres e 20 para 25 anos para homens – e a não integralidade da aposentadoria para policiais em atividade a partir de 2013, o que significa, segundo o Sinpol, cerca de 25% do efetivo da Polícia Civil do DF na ativa.

Fonte: Metrópoles

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

Sindisaúde triunfa em julgamento judicial: mais uma conquista para o servidor da saúde

O jurídico do Sindisaúde obteve mais uma vitória jurídica em favor do servidor. Em decisão recente, o pedido inicial...

Aproveite! Carência zero no plano odontológico Bradesco para os 500 primeiros inscritos

Agora, os filiados do SindSaúde podem desfrutar do melhor plano odontológico do país, o Saúde Bucal Bradesco, sem nenhum...

Retroativo da terceira parcela; Servidores da saúde têm direito sagrado! SindSaúde se mantém firme nesse propósito

O clamor por justiça ecoa nos corredores da saúde pública do Distrito Federal. Os servidores da saúde, incansáveis que...
- Advertisement -spot_img
- Publicidade -spot_img