21.5 C
Brasília
sábado, 20 abril, 2024

Detentos colocam em risco servidores e pacientes do HBDF

Saiba Mais

SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Os servidores do Hospital de Base (HBDF) estão preocupados com os puxadinhos que o governo está implantando para tratar prisioneiros de alta periculosidade.Alguns leitos do 8° e do 11°que estão reservados para receber detentos do sistema prisional do DF,não foram planejados por engenheiros  e nem tão pouco por especialistas em segurança pública para atendê-los.

Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, o hospital não foi feito para ser usado como presídio, quando não é planejado a chance de alguma coisa dar errado é enorme, alguém vai acabar pagando com a própria vida.“Nós temos um exemplo que aconteceu em novembro do ano passado no HBDF,um paciente prisional tomou a arma de um agente da Papuda e se suicidou.No Gama teve um caso de um detento que atirou no policial e o matou.Então,o governo do Distrito Federal precisa discutir de forma séria o Hospital Penitenciário, porque aí sim, o engenheiro vai criar um hospital com espaços próprios e os profissionais serão treinados para assisti-los de forma adequada”,esclarece Marli.

Ainda segundo Marli,até uma simples pinça usada nos pacientes, pode virar uma arma violentíssima na mão de um dos presidiários.O que pode causar a morte da pessoa que for atacada, além de ser usada como arma para a própria fuga.E isso não é bom para o servidor da saúde que vem sendo tão massacrado por todos os governos que passaram, e ainda por cima, ganham de presente uma papudinha.

A presidente do SindSaúde quer chamar a atenção do governo para discutir a criação do Hospital Penitenciário o mais rápido possível.O HBDF atende qualquer vítima, não tem distinção, mas os pacientes prisionais após receberem os primeiros socorros, têm que ser encaminhados para o hospital penitenciário onde não vão colocar em risco, nem a vida dos profissionais,e nem dos pacientes que se encontram internados.Para Marli,como se não bastasse o problema da Funap, no qual os servidores acabam se tornando  reféns em seu próprio local de trabalho, o GDF encaminha esses pacientes para o hospital onde não possui a mínima estrutura de segurança.

Segundo Marli,a questão da criação do hospital penitenciário precisa ser discutida,  o governo não pode jogar tudo o que é de ruim em cima do servidor, ele sofre com a situação, mas acaba aceitando tudo calado, o que não podemos mais admitir.“É importante frisar que os pacientes que chegam algemados para a primeira consulta ou de retorno, têm prioridade, porque ficam expostos e a polícia reclama que há risco de resgate O paciente que está esperando há horas para ser atendido, é obrigado dar a vez ao detento. Acreditamos que um governo que tem bom senso, vai começar a discutir essa questão”, afirma Marli.

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

Mais servidores recebem pagamentos por direitos garantidos, quase 15 mil reais pagos

O departamento jurídico do SindSaúde continua a lutar incansavelmente pelos direitos dos servidores, resultando em pagamentos semanais para dezenas...

A ponta do Iceberg da triste realidade da saúde pública do Distrito Federal

A face visível do problema da saúde pública no Distrito Federal revela-se através de um cenário alarmante: metade das...

SindSaúde e trabalhadores do IGES/DF aprovam acordo coletivo de 2024 em assembleias

SindSaúde e trabalhadores do Iges/DF aprovam, com ressalvas, o acordo coletivo de 2024 em assembleias realizadas nas unidades do...
- Advertisement -spot_img
- Publicidade -spot_img