21.5 C
Brasília
quinta-feira, 12 dezembro, 2024

Horário de atendimento ao público
Segunda à Quinta das 08h00 às 17h00

Morte da quinta criança demonstra consequência da má gestão na saúde no DF

No espaço de apenas um mês, já é o quinto caso de vítima da má administração da saúde pública no Distrito Federal. As crianças vieram a óbito após não terem acesso a atendimento básico

Saiba Mais

Sobrecarga dos profissionais da saúde, déficit de trabalhadores, precarização das horas extras, escassez de recursos humanos para a prevenção, adoecimento mental dos trabalhadores e a falta de investimento são apenas alguns dos fatores que impulsionam a crise na saúde do Distrito Federal. Infelizmente, essa crise resultou na morte da quinta criança em um hospital público da Capital. A tragédia ocorreu no Hospital Regional de Santa Maria, unidade administrada pelo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Depois de aguardar por mais de 3 horas na unidade de saúde, Gabriela Cezaria dos Santos (mãe)  foi instruída a retornar para casa. Por volta das 3h da madrugada, ela começou a sentir contrações intensas. Infelizmente, o bebê entrou em sofrimento fetal e veio a falecer ainda no ventre materno.

Nos primeiros 60 dias deste ano, o Distrito Federal contabilizou 65 óbitos de bebês com até 1 ano de idade. Essas mortes ocorreram dentro das  unidades médicas do DF, nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. Esses números foram apresentados pelo InfoSaúde , um painel mantido pela própria Secretária de Saúde (SES- DF), que reúne dados do setor. Segundo a  plataforma, o ano de 2024 apresenta o maior número de óbitos de bebês desde que esses dados começaram a ser registrados, em 2016.

Além disso, as longas filas e a falta de leitos, entre outros problemas frequentemente destacados pela mídia, são consequências da falta de uma gestão eficaz e eficiente por parte da SES- DF. O colapso no funcionamento dos hospitais da capital é desesperador. Muitos desses problemas poderiam ser solucionados se pasta fosse gerida por profissionais competentes e capacitados para administrar a saúde pública do Distrito Federal.

Quando foi apresentada a proposta de contratação terceirizada liderada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), a promessa era de que as demandas da saúde pública do DF  seriam resolvidos. No entanto, isso não é o que a população do DF tem testemunhado nas unidades de atendimento. Um exemplo marcante é o Hospital do Gama (HRG), administrado pela SES – DF, onde uma denúncia feita por servidores descreve a ala pediátrica da unidade como um verdadeiro cenário de guerra. Segundo o relato, o hospital enfrenta uma grave escassez de profissionais pediatras para atender à sua crescente demanda.

Perante essa realidade, torna-se urgente que a SES- DF reconsidere suas prioridades e direcione recursos suficientes para assegurar uma assistência de saúde pública de  qualidade a todos os habitantes de Brasília.

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

Manoel Andrade é o novo presidente do TCDF e assume a liderança da corte para o biênio 2025-2026

Na sessão desta quinta-feira (11) do Tribunal de Contas do Distrito Federal, um novo capítulo começa a ser escrito...

Sistema de “pontos” para aposentadoria será mais rigoroso em 2025

Com as mudanças previstas na Reforma da Previdência de 2019, as regras de transição vão se tornar mais rigorosas...

A Covardia Federal: Quando o ajuste fiscal penaliza as famílias e a dignidade do DF

O recente anúncio de redução no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) expõe uma postura que vai além de...
- Advertisement -spot_img
- Publicidade -spot_img