O “contingenciamento” de R$ 1 bilhão do Orçamento do Distrito Federal para 2023, determinado hoje (22) pelo governador Ibaneis Rocha, levanta preocupações e questionamentos sobre suas implicações e a maneira como está sendo realizado.
A área da saúde será uma das mais afetadas, com o Fundo de Saúde do Distrito Federal tendo R$ 342 milhões bloqueados. Diante da atual situação da saúde pública do DF, em que mais de 30 mil pessoas aguardam na fila de cirurgias, é preocupante que um setor tão essencial esteja enfrentando restrições orçamentárias.
Tirar recursos da saúde é limitar o acesso à vida. Outras alternativas precisam ser encontradas para contornar essa situação.
Nossas preocupações são legítimas em relação ao impacto nas políticas públicas e nos serviços oferecidos à população. É fundamental que haja transparência e critérios claros sobre como a sociedade e os trabalhadores da saúde serão afetados. Esses trabalhadores enfrentaram e ainda enfrentam desafios diários, entre falta de recursos adequados, escassez de pessoal e exposição a riscos ocupacionais.
Nenhuma outra secretaria ou órgão do governo foi tão exigido, solicitado e eficiente quanto a saúde nos últimos dois anos. Com isso, não queremos nos sobrepor ou menosprezar as outras pastas. No entanto, é nossa atribuição cuidar da saúde do povo e salvar vidas, é exatamente isso que os servidores da saúde têm feito desde o início da pandemia. Podemos dizer, sem exagero, que temos dedicado nossas vidas aos milhares de pacientes salvos no Distrito Federal e no Brasil.
O momento exige valorização, planejamento e entendimento do que é o SUS e seus servidores. As sequelas permanecem, seja nos hospitais onde muitos ainda estão em tratamento, nos centros de reabilitação ou nas emergências que continuam recebendo muitos daqueles que não se vacinaram e ainda seguem contaminando.
O SindSaúde possui pautas importantes em andamento no governo, que visam a valorização e o incentivo à melhoria do atendimento à população do Distrito Federal. Entre essas pautas, estão projetos em tramitação, como o da Gratificação de Emergência (Gmerg), que solicita ao governo a criação de uma gratificação para os servidores lotados nas emergências. Mais informações sobre esse projeto no vídeo abaixo:
Além disso, há outro projeto em andamento que visa implementar a produtividade para todos os servidores, aumentando assim a força de trabalho e o atendimento aos pacientes, além de recompor os salários. Essas medidas são fundamentais para valorizar os profissionais de saúde e garantir um serviço de qualidade à população.
Confira no link abaixo: