A presidente do SindSaúde criticou duramente o teor do projeto encaminhado à Câmara Legislativa que viabiliza a administração de hospitais por organizações sociais
A presidente do SindSaude, Marli Rodrigues, repudiou veementemente na noite desta quarta-feira (29) o projeto de lei 1186/2015 que trata da implantação de Organizações Sociais na atenção básica à Saúde no DF. O projeto foi enviado pelo Executivo local no fim desta quarta-feira para a apreciação célere dos deputados distritais.
Ao ler a proposta, a sindicalista acusou o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de querer implantar rapidamente e sem debate a nova modalidade na Rede Pública do DF. “O projeto é asqueroso e entrega a saúde pública nas mãos de interesses escusos, beneficiando poucos em detrimento de muitos”, disse.
Rodrigues destacou o artigo 13o do Projeto de Lei, que libera o governo local para aditivar os contratos firmados, “sem limite de valor” para as instituições parceiras. Para a presidente esse artigo é “um roubo legalizado”.
“Rollemberg quer ter um cheque em branco assinado para os empresários, tendo a liberdade de pagar quanto for pelo serviço. Não podemos admitir que isso seja aprovado na calada da noite”, revoltou-se.
A presidente do sindicato que defende os servidores da saúde adiantou que lutará para que a proposta não entre na pauta dos distritais antes do início do recesso legislativo. “É preocupante, com tantas denúncias em todo o país nas costas das OSs, que o governador, acompanhado de corretores de mercenários, achem que poderão aprovar essa maldição a toque de caixa”, esbravejou.
Em entrevistas recentes, representantes do Executivo local anunciaram a intenção de se aprovar a lei antes do mês de agosto, quando os deputados reiniciam as atividades parlamentares. Os distritais têm de votar todos os projetos da pauta do plenário ainda nesta quarta-feira para que possam dar início ao recesso do mês de julho a partir de amanhã.
Diga não a esse projeto onde a única saúde que fica bem é a de quem ganha dinheiro público. O que não deu certo em lugar nenhum do Brasil, o governador traz como exemplo para o DF. O que a CLDF, que é a Casa do povo vai fazer?
Confira o PL na íntegra: