O SindSaúde recebeu uma formalização, por escrito, com denúncias de assédio moral sofrido por servidores da lavanderia do Hospital Regional da Ceilândia. Os relatos estão diretamente ligados à Chefe do Núcleo de Hotelaria em Saúde. São sete relatos descrevendo situações absurdas e inaceitáveis em qualquer local de trabalho.
Segundo as acusações, apresentadas à diretoria do sindicato, os maltratos eram variados. A chefe da unidade gritava, humilhava e agredia verbalmente os funcionários. As denúncias estão documentadas com fotos e fortes depoimentos.
“Estamos também sendo vigiados excessivamente pela chefe (suprimido) que aparece também aos sábados, domingos e feriados no setor de trabalho sempre com atitudes relatadas anteriormente, causando assim muita desarmonia e atrapalhando o bom andamento do meu trabalho e das minhas colegas”, desabafou um servidor no documento entregue ao SindSaúde.
A referida chefe teve sua exoneração publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (16), mas não se sabe, até então, se existe relação entre o ato de exoneração e as denúncias de assédio contra os trabalhadores.
Existe uma suspeita de que, como último ato de maldade e vilania, a chefe do departamento tenha devolvido os apenados da Funap que trabalham na lavanderia para administração da “Superintendência Oeste”, a fim de comprometer o trabalho do Setor, uma vez que a falta destes profissionais irá aumentar as demandas diárias de cada servidor.
“As atitudes da ex-chefe da lavanderia do HRC podem acarretar no não cumprimento dos prazos de entrega das roupas de cama, banho, kits hospitalares e cirúrgicos, por exemplo, além de sobrecarregar os servidores. Parece uma armadilha para prejudicar os trabalhos na lavanderia, causando a suspensão de serviços essenciais à população do Distrito Federal”, alertou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
A presidente disse que os relatos são gravíssimos e serão apurados pela entidade. “Não vamos aceitar que trabalhadores passem por situações vexatórias, como as que foram descritas a nós e não deixaremos que atitudes como essas aconteçam na SES e fiquem impunes”. O SindSaúde comunicará os fatos à Superintendência da Região Oeste e ao Secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
A ex-chefe da lavanderia do HRC entrou em contato com a assessoria do SindSaúde e exigiu direito de resposta. O mesmo direito lhe foi dado e aguardamos a declaração para publicação.