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Funcionária sofre racismo e assédio de proprietário de clínica em Planaltina

Segundo a vítima o proprietário da clínica reclamava do volume e formato do seu cabelo e a exigia que o mantivesse preso e escovado

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

O SindSaúde recebeu nesta terça-feira (24) a denúncia de uma funcionária de uma clínica particular em Planaltina, Hellen Crystine Alves Castro dos Santos, afirma ter sido vítima de assédio e racismo pelo dono do estabelecimento em questão, onde recebia reclamações constantes sobre o formato e volume do seu cabelo, passando muitas vezes por humilhações na frente de pacientes. Hellen pediu demissão após um novo ocorrido nesta segunda (23).

Trabalhando como recepcionista no local desde o dia 14 de abril, a vítima conta que havia recebido instruções da gerente do estabelecimento ainda na entrevista, sobre como deveria usar o cabelo, que segundo a mesma seriam “normas” da empresa, ditadas pelo proprietário da clínica, que afirmava ter tido problemas com cabelo anteriormente. No entanto, mesmo seguindo as orientações da gerente, a ex-funcionária conta que foi abordada logo no primeiro dia de trabalho pelo proprietário, que a questionou por que ela não estava com o cabelo escovado.

Após a reclamação, Hellen afirma que passou a usar o cabelo escovado (liso) e não houveram mais abordagens a respeito, até o momento que ela passou a usar seu cabelo natural, preso, que apresentava certo volume por ser cacheado, a partir do qual ela novamente recebeu reclamações por parte da gerência que a questionou de forma grosseira a mandando se olhar no espelho e arrumar o cabelo. Depois do ocorrido, a vítima que se sentiu humilhada pela situação, conversou novamente com a gerente, que admitiu em uma conversa gravada pela ex-funcionária, que o problema anterior relacionado ao cabelo, teria ocorrido com uma outra ex-funcionária que tinha o cabelo black, o que dificultava mantê-lo preso conforme as “normas” da clinica.

Se confirmado a denúncia, o proprietário da clinica poderá responder no Ministério Público do DF pelos crimes de Injúria racial e assédio moral.

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