Agentes de portaria do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) denunciaram sobrecarga de trabalho e falta de condições para o exercício da função. De acordo com a denúncia, apenas oito agentes trabalham no HRT – a regional deveria contar com 28 servidores nesse setor. Os agentes atendem, em média, 600 pessoas por dia. Outro problema é o controle de entrada na regional, que não é informatizado. Faltam até cadeiras e o vidro de proteção para atender a população, o que constantemente coloca em risco a saúde do trabalhador.
“Trabalho quatro horas por dia em pé no balcão de visita, sem nenhuma proteção. Anoto quem entra no hospital e também as trocas de visitantes, por isso um computador facilitaria o controle de visitas no pronto socorro na portaria central. Queremos ser ouvidos pela direção para que assim tenhamos melhores condições de trabalho”, conta um agente de portaria do HRT que prefere não se identificar.
Outro servidor, que também não quis se identificar, diz temer por sua saúde. Segundo ele, a falta de investimento do governo é a causa do problema. “O primeiro contato do paciente é com o agente de portaria, que atende a população sem nenhuma proteção e fica suscetível a todo tipo de contaminação”, disse.
De acordo com o diretor do SindSaúde Vander Borges a sobrecarga de trabalho é grande e faltam condições mínimas de trabalho. “A pressão que os agentes sofrem é muito grande, tanto da população quanto da direção do hospital, e isso causa stress nos servidores e propicia doenças.Vamos encaminhar ofício para a direção do hospital solicitando a solução do problema dos agentes de portaria do HRT o quanto antes. Essa situação não pode continuar dessa maneira”, destaca.