Sem receber um tostão do GDF há três meses, IDR de Samambaia suspendeu atendimento; Ministério da Saúde fez repasse, mas gestão local não destinou.
Em documento destinado ao Secretário de Saúde, Humberto Fonseca, no início do mês, a administração do Instituto de Doenças Renais (IDR) de Samambaia relata a inviabilidade de manter o atendimento à população por falta de recursos. De acordo com o relato, a instituição não recebe repasse desde fevereiro.
A unidade atende 220 pacientes que necessitam de cuidados renais. O custeio desse atendimento é feito integralmente com recursos federais. Uma vez que o Ministério da Saúde faça o repasse, o governo local tem cinco dias úteis para transferir o valor, porém, há três meses não há destinação desses recursos. O atraso do pagamento pode acarretar na suspensão do repasse do MS.
O aporte do governo federal referente a fevereiro está referente desde 28/3, e o de março, em 18/4. “Enquanto a empresa sofre para manter o atendimento à população, os valores que lhe pertencem por direito estão parados na conta do Fundo de Saúde do Distrito federal”, cita parte do ofício. Até mesmo os salários dos funcionários referentes a abril estão ameaçados.
Procurada pelo SindSaúde, a Pasta informou que a responsabilidade no atraso seria da demora do Instituto de Doenças Renais na emissão da nota fiscal de fevereiro, no início deste mês . A partir dessa data, a pasta afirmou que tem até 90 dias para concluir o pagamento. A SES assegurou ainda que os pacientes não estão desassistidos.
“A gestão de recursos sempre foi o pior defeito da gestão de Rollemberg. Por que esse dinheiro está parado enquanto o IDR ameaça encerrar o atendimento de hemodiálise aos pacientes? Seja por incompetência, má fé ou burocracia, a vida vale mais”, lamenta a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.