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quinta-feira, 25 abril, 2024

GDF adia para junho reforço de médicos em prontos-socorros

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Pasta voltou atrás em anúncio desta terça; emergências seguem lotadas. Motivo da mudança não foi informado; circular prevê revisão de atestados.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal adiou para junho a mudança nas escalas médicas da rede pública, na tentativa de reforçar o atendimento nos prontos-socorros. A circular com as novas regras foi distribuída aos diretores regionais de saúde nesta terça (19). No documento, a pasta disse que a medida valeria já para esta quarta-feira (20). O motivo do adiamento não foi divulgado.

A circular determina a unificação das escalas, com prioridade para os atendimentos de emergência e urgência. Os pacientes nos prontos-socorros serão atendidos primeiro. Só então as equipes passam às internações e aos ambulatórios, nesta ordem. A circular também orienta uma revisão na montagem das escalas, para evitar o acúmulo de profissionais em um período e a escassez no horário inverso.

Em texto divulgado na terça, a Secretaria de Saúde cita “escalas insuficientes de profissionais, que trabalham sobrecarregados nos prontos-socorros”. O GDF também prometeu maior rigor na análise dos atestados médicos apresentados pelos profissionais de saúde na véspera dos plantões.

UTIs
A superlotação nos leitos de tratamento intensivo do DF também continua sem solução. Nesta quarta (20), um paciente de 82 anos morreu após passar um mês na fila da UTI no Hospital de Base. A Secretaria de Saúde afirma que prestou todo o atendimento necessário ao paciente.

“Às 7h, o telefone tocou com a notícia. Meu pai morreu porque não tinha um leito de UTI. Não desejo que nenhuma família passe por essa dor, sabe? A gente vive pagando impostos pra isso”, diz José de Andrade, filho do idoso.

O servente de pedreiro Manoel Messias de Souza foi à Defensoria Pública do DF nesta quarta em busca de um leito para o filho de 14 anos, que está com dengue hemorrágica. “O médico disse que ele precisa de UTI urgente, estou com o peito doendo desde que ele ficou doente”, diz Souza. Segundo o governo, 74 pessoas aguardavam nesta quarta por vaga em um dos 400 leitos de UTI.

Mudanças
Em abril, a secretaria anunciou outras mudanças para tentar reforçar o atendimento de urgência e emergência na rede pública. Os pediatras que ocupavam funções administrativas ou cargos de chefia passaram a atender nos prontos-socorros. Segundo a pasta, a medida afetou 31 profissionais e representou 624 horas semanais adicionais na atenção primária.

Também em abril, o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a contratação de 30 pediatras, 44 enfermeiros e 131 técnicos aprovados em concurso. O déficit de pediatras na época era calculado em 276.

Um levantamento feito pela pasta aponta que seria necessário somar 7,9 mil profissionais aos 32,7 mil que já compõem o quadro para atingir a quantidade ideal de servidores. A rede tem 16 hospitais e cinco UPAs e realiza em média 44 consultas por minuto.

O cálculo foi feito com base em parâmetros da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e dos conselhos e associações da área. Sousa afirma acreditar que o número esteja “hiperestimado” e que o maior problema seja com a carência de médicos, que é de 2.242, e de técnicos, de 2.348.

De acordo com o secretário, há menos cirurgias eletivas por falta de anestesistas e UTI fechadas por falta de intensivistas. Também faltam pediatras, clínicos e técnicos de radiologia, enfermagem e laboratório. Entre os serviços mais impactados pela carência de profissionais estão o pronto atendimento, emergências, Samu e atenção psicossocial.

Fonte: G1 DF

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