Fio desencapado
Em um sinal de que o controle das licenças médicas dos servidores públicos é mesmo um fio desencapado, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, declarou-se ontem revoltada com o tratamento dado aos servidores, em geral, e com o pente-fino sobre os atestados, em particular. Para ela, o controle significa que todos os servidores terão seus atestados médicos analisados por espécie de sindicância. “Nunca nos ofereceram um tratamento de saúde digno, nunca nos perguntaram se tínhamos condições de trabalho. Acham que somos máquinas e que não podemos adoecer trabalhando num sistema que já está na UTI por falta de gestão”, discursou. Todos na área de saúde — como na educação — sabem que existe no governo a convicção de que são fortes os abusos na expedição de atestados.
Nada com as organizações sociais
Durante a comissão geral que discutia a terceirização de serviços da saúde pública, Marli Rodrigues criticou duramente a possibilidade de contratação de organizações sociais. Marli afirmou que, depois de rodar o Brasil em busca de encontrar experiências com esse tipo de gestão, retornou frustrada ao DF. “Criamos um dossiê com todos os escândalos, os desmandos, a falta de compromisso. Quando falta pagamento, a empresa é a primeira a suspender os serviços. Quem tem compromisso com o sistema é o servidor público, que trabalha dia e noite independente de qualquer situação”, afirmou.
Fonte: Jornal de Brasília