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quinta-feira, 28 março, 2024

Falta de médicos em plantão revolta pacientes

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Após muitas horas de espera por atendimento, famílias desistiram e foram embora. Outras se revoltaram com a situação caótica da unidade de saúde

Quem procurou ontem à tarde o  Hospital Regional de Ceilândia (HRC) encontrou um cenário desolador. Após muitas horas de espera por atendimento,  famílias desistiram e foram embora. Outras se revoltaram com a situação caótica da unidade de saúde, onde funcionários informavam aos pacientes ter “apenas um médico”. Até os pacientes em situação grave, que usavam uma pulseira de cor amarela após a triagem, tiveram que ter paciência no pronto-socorro. O pior é que muitos estavam alí depois de ter passado pelo Hospital Regional de Taguatinga, onde, segundo os funcionários, não havia médico.

Com as pernas inchadas e dores pelo corpo, a auxiliar de limpeza Severina Gomes da Silva, 49 anos, aguardava ser chamada no hospital da Ceilândia há mais de duas horas, mesmo com a pulseira amarela. “Aqui, não existe nem médico, quanto mais prioridade. Não me deram nenhuma previsão, falaram que eu ia ter que esperar. Hoje, eu vivo rezando para ninguém da minha família adoecer e precisar de um hospital público. Isso é um completo descaso, ninguém procura atendimento sem motivo”, desabafa.

Já a diarista Antônia Ferreira dos Santos, 37 anos, que levou a avó Francisca Vieira das Neves, 86 anos, ao hospital por causa de uma dor no pé, desistiu de esperar e foi embora. Visivelmente abalada, Antônia afirma estar inconformada. “Pago todos os meus impostos em dia para ter, no mínimo, um atendimento de qualidade. Vou embora, pois não adianta esperar. Eles já falaram que não vão atender os pacientes com a pulseira verde, que é o caso da minha avó. Na cabeça deles uma mulher de 86 anos não é prioridade”, declara.

Secretaria confirma falta de médicos

Questionada sobre falta de atendimento nos hospitais, a Secretaria de Saúde confirmou que apenas um médico fazia o atendimento no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na tarde de ontem. Já no Hospital Regional de Taguatinga (HRY), a informação é de que três médicos prestavam serviço, o que tornou o plantão tranquilo, com socorro para todos os pacientes. De acordo com o órgão, a chefia de equipe do HRC explicou que os pacientes foram atendidos seguindo a classificação de risco, com prioridade para casos graves.

A secretaria também comentou o caso do paciente Odair Costa, picado por um escorpião. “No HRT, ele preencheu a guia de atendimento às 12h15 e foi chamado para a triagem às 12h29, mas não respondeu à chamada. Já no HRC, o paciente passou pela triagem, onde foi assistido pela equipe”, informa a assessoria do órgão. A pasta informou ainda que, para amenizar a demora por atendimento nos hospitais do DF, foi divulgada este mês uma circular determinando que os diretores e coordenadores das regionais deem prioridade aos casos de emergência nas escalas de trabalho.

Sem garantia de atendimento

Após ser picado por um escorpião na barriga, o vendedor Odair Luiz Costa Junior, 23 anos, procurou atendimento no Hospital de Taguatinga no início da tarde de ontem. Mesmo sentindo dormência e formigamento nos braços, além de tontura e mal-estar, ele foi informado da falta de atendimento. De lá, o vendedor foi para a unidade de Ceilândia, acompanhado da esposa, a professora Izabelle Costa, 24, mas até às 16h ainda não havia sido atendido. “No HRT, eles falaram que, pelo fato de meu marido ser adulto, não era necessário tomar soro, apenas nos mandaram comprar um analgésico e ir para casa. Mesmo assim, liguei para os bombeiros para confirmar e eles me disseram que o soro é necessário e nos aconselharam a procurar um hospital. Então, resolvemos tentar atendimento no HRC”, conta Izabelle.

O vendedor, pai de três filhos pequenos, ficou revoltado com a demora. “Estou esperando atendimento há muito tempo. Imagina se a picada tivesse sido nos meus filhos? Eles estariam passando mal até agora? Isso é um absurdo”, afirma Odair.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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