A assembleia geral convocada pelo SindSaúde-DF nesta quarta-feira (30) definiu: a saúde pode parar. O indicativo de greve foi aprovado pelos servidores que lotaram o ambulatório do Hospital de Base (HBDF). Durante a mobilização, a presidente Marli Rodrigues explicou à categoria como será feito o empréstimo do superávit financeiro do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev) para quitar os salários até o fim do ano e avisou que o foco agora é nas negociações dos reajustes salariais previstos pelas leis 5.008 (Gata) e 5.174 (20 horas).
Aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF) ontem (29), o PLC 30/2015, que trata crédito junto ao Iprev, será usado para quitar não somente salários, mas 13°, horas-extras e licenças-prêmio (que voltarão a ser pagas em pecúnia). Marli explicou aos servidores que a verba a ser emprestada é referente ao superávit financeiro do Fundo de Previdência do DF, ou seja, são os rendimentos. O caixa da entidade tem R$ 3,2 bilhões e o valor necessário para manter os benefícios dos trabalhadores aposentados é de R$ 1,5 bilhão. Com isso, não haverá prejuízo imediato às aposentadorias e, a longo prazo, o GDF tem como obrigação repor o valor emprestado até 2018. “Foi uma decisão amarga, mas necessária”, explicou.
A expectativa do momento é pela reunião com o governador Rodrigo Rollemberg para tratar dos reajustes salariais. “Agora o que está em discussão é o pagamento da Gata e das 20 horas. Uma coisa é clara: seja lá qual for a negociação, terá de haver retroativo caso atrasos ocorram”, disse. A reunião está agendada para amanhã (1°), às 10h, no Palácio do Buriti.
Assembleia Geral
Uma nova assembleia geral será realizada em 8/10, quinta-feira, um dia após vencer o prazo para pagamento dos salários e reajustes, para avaliar as negociações com o governo e definir se a saúde entra ou não em greve.
ASSEMBLEIA GERAL
DATA: quinta-feira (8/10)
HORÁRIO: 10h
LOCAL: Ambulatório do HBDF