Na terça-feira (14) o SindSaúde esteve presente na reunião mensal do Conselho de Saúde do Distrito Federal. Na pauta estavam a gestão de leitos da Secretaria de Saúde, o redimensionamento de recursos humanos da SES e o programa Carreta da Mulher, que está parado desde novembro de 2014.
Depois da apresentação dos números e onde estão lotados os administradores da Secretaria, a implantação de organizações sociais em hospitais e UPAs no Distrito Federal foi o assunto que dividiu a mesa de conselheiros e quem esteve presente.
Representantes do GDF usaram como exemplo o Hospital da Criança para defender o trabalho das OSs na rede. “Quem aqui assume que o Hospital da Criança não é um modelo de sucesso? Um hospital que atende crianças com câncer e tem sua gestão por uma OS.”, afirmou o secretário Adjunto da Saúde, José Rubens Iglésias.
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, disse que isso é uma afronta a saúde da população atendida pela rede. “Depois de passar quatro dias indo em hospitais e UPAs administradas por OSs no Pernambuco e na Paraíba, posso afirma com mais certeza do que eu já tinha, as OSs são um golpe. Já tivemos um exemplo claro disso no DF, o Hospital de Santa Maria”, afirmou.
Servidores da SES que estiveram presentes também defenderam a gestão sem as organizações sociais. Além deles, os representantes de outras categorias da saúde ficaram contras as OSs. Marli Rodrigues afirmou que é favorável a administração 100% SUS e aproveitou para questionar os conselheiros sobre a efetivação dos seis mil concursados que aguardam posse. Tanto a Secretaria de Saúde, quanto os conselheiros se calaram diante da pergunta.
Em breve, o SindSaúde lançará um material completo sobre as organizações sociais que tanto tiram o sono do servidor e da população.