O SindSaúde junto com diversos sindicatos se reuniram em audiência pública nesta quinta-feira (14), no auditório Petrônio Portella do Senado Federal, para debater o tema “Terceirização: a revogação da Lei Áurea e Trabalho Escravo”, que vem a tona através do projeto de lei da Câmara (PLC 30/2015). O PL trata da regulamentação e ampliação do número de trabalhadores terceirizados.
Para o senador Paulo Paim (PT/RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), a aprovação do projeto, como foi feito na Câmara dos Deputados, poderia trazer de volta a “Escravidão (da Terceirização)”. Ele garantiu que a maioria dos senadores já se posicionou contra.
“Se temos a CLT, por que os patrões insistem na terceirização? A resposta é simples, com o pretexto de reduzir custos na produção, o que de fato eles visam, de uma forma bem selvagem é precarizar as condições de trabalho e retirar direitos trabalhistas e isentar o verdadeiro empregador de suas responsabilidades”, opinou José Calixto Ramos, presidente Nacional da Nova Central.
Segundo Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde, a aprovação da lei da terceirização é um retrocesso. “Depois de anos de lutas e grandes conquistas, como podem deixar o dinheiro sobressair ao suor e amor pela profissão dos trabalhadores? A terceirização mostra a insegurança, desrespeito e o pior, doenças e acidentes que culminam em mortes. Vamos combater sim a terceirização”, disse.
O SindSaúde sustenta que o PL 4330 é o mais duro golpe contra os direitos dos trabalhadores