Em mais uma ação ensandecida e desprovida de debate, estudos técnicos e outros elementos norteadores da gestão, o déspota do Buriti, governador Rodrigo Rollemberg, editou o Decreto 38.836, de 02 de agosto de 2017 (veja aqui), declarando DESNECESSÁRIOS vários cargos na estrutura da saúde.
Essa medida corrobora as denúncias que o Sindsaude vem fazendo desde o início do governo.
“Rollemberg está sendo pressionando pelos financiadores de sua campanha. E, a forma mais fácil que ele viu para entregar ao setor privado, a “galinha de ovos de ouro” (SES) foi desmontando os serviços, de forma escalonada”.
Todo dia, uma novidade para terceirizar. Depois de precarizar o atendimento, deixando faltar insumos, medicamentos e materiais básicos, ele cria o Instituto Hospital de Base, com a aprovação de uma legislação que permite estender a outros hospitais, o mesmo modelo.
Agora, avança sobre a carreira de assistência à saúde, declarando a maioria de seus cargos, DESNECESSÁRIOS.
“Ele se esquece que são pessoas, por trás dos cargos? Trata servidores abnegados, qualificados e comprometidos como “coisas”… Somos inservíveis para Rollemberg e sua trupe!”, reclama, indignada, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Na contra mão de todos os gestores que buscam a eficiência da máquina pública, otimizando e racionalizando os seus recursos, Rollemberg e seu secretário plantonista, Humberto Fonseca, preferem “descartar” os servidores, se desfazendo do maior capital da SES, que é o humano.
A proposta do SindSaúde é reclassificar e redistribuir os servidores do nível técnico e auxiliar. Se a maioria desses servidores já atuam na área administrativa, com raras exceções como motoristas, programadores, desenhistas e outros, que laboram em área específica, porquê não redistribuir na função que ocupam? Isso diminuiria as horas extras, o déficit de pessoal e motivaria os servidores, acabando com os “desvios de função”.
Do mesmo modo, o pessoal que é da área auxiliar, pode ser classificado nas atividades existentes. Enfim, todos somos úteis, produzimos, nos qualificamos e merecemos tratamento digno.
O SindSaúde procurou o Conselho de Saúde do DF (CSDF), para discutir esse decreto letal. O Presidente, Helvécio Ferreira, reagiu fortemente em defesa dos trabalhadores.
Lembrou que, já foi aprovado naquela plenária a resolução nº 395, que cria o parque tecnológico na SES. Essa iniciativa atende a necessidade de formação e capacitação dos servidores, nas diversas áreas, para racionalizar e otimizar as atividades desenvolvidas e incrementar a política de pessoal da SES.
“Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde merecem respeito! Nao serão tratados como refugo!”, promete Ferreira. Para tratar desse assunto, a Presidente do SindSaúde e uma comissão de trabalhadores se reunirá hoje (03/08), com o Presidente do CSDF, para discutirem as ações a serem tomadas para evitar mais esse abuso.
Todos os servidores, atingidos por esse decreto devem acompanhar as manifestações e orientações, acerca das articulações em andamento com o CSDF. Fiquem atentos à nossa convocação!
“Desnecessário é esse governo que só fez mal à população do DF. Não merecemos isso! 2018 tá logo ali…”, devolve Marli Rodrigues.
